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Mãe solo, militar adota criança com microcefalia e paralisia cerebral: “Ela é especial porque é minha filha”

Ela é mãe solo e militar. Taís Pereira, 33 anos, adotou a pequena Heloísa, de dois anos, e mostrou que o amor é maior do que qualquer dificuldade. É que Heloísa tem microcefalia, paralisia cerebral e faz uso de sonda gástrica.

Segundo Taís, desde a adolescência ela alimentava o sonho de adotar uma criança. Com o tempo, ela foi amadurecendo a ideia, buscando se preparar, até que, já adulta, resolveu levar o sonho adiante.

“Ser mãe por via de adoção sempre foi um pensamento recorrente. E eu fui amadurecendo isso com o tempo. Participei de grupo de adoção, pesquisei e apenas quando tive convicção de que estava preparada para a maternidade é que tomei o passo de ir até o Fórum e me inscrever”, explicou.

E assim Heloísa chegou. A militar contou que a criança demanda cuidados especiais e o amor que as pessoas demonstram por ela não difere do amor de outro filho (independente se foi gerado ou não).

Foto: Ascom TJ

Para Taís, Heloísa é especial porque é filha dela.

Sobre as pessoas que querem adotar, a militar disse que é preciso fazer uma autoanálise para ver se realmente estão prontas.

“No meu caso, eu tomei a decisão de ser mãe solo, mas eu precisei saber que eu estava preparada para dar conta. A maternidade solo pouco se fala e não é fácil. A experiência tem sido fantástica, mas não é possível se não tiver uma rede de apoio. E a minha família tem me dado”, comentou.

A militar afirma ainda ser importante desconstruir a imagem idealizada e de perfeição que muitos têm em relação às crianças.

“Que as pessoas busquem desconstruir esse amor condicionado, essa ideia de que não é possível amar o outro que não está naquele molde pré-estabelecido”.

E completou: “O que há, de fato, são pessoas reais, com seus medos, histórias, deficiências e limitações”.

Ainda segundo Taís, é preciso tentar capacitar o coração para enxergar essas pessoas. “Afinal, o exercício da adoção é a união de uma família que deseja exercer a maternidade ou paternidade. É o exercício do amor”.

*com informações da Ascom TJ/AL

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Raíssa França

Cofundadora do Eufêmea, Jornalista formada pela UNIT Alagoas e pós-graduanda em Direitos Humanos, Gênero e Sexualidade. Em 2023, venceu o Troféu Mulher Imprensa na categoria Nordeste e o prêmio Sebrae Mulher de Negócios em Alagoas.