Uma pesquisa divulgada pelo Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria), a pedido da farmacêutica Pfizer, mostrou que 47% das mulheres deixaram de frequentar ginecologista ou mastologista durante a pandemia. Mas isso pode gerar graves consequências para as mulheres.
A mastologista e presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), Lígia Teixeira, conversou com o Eufemea sobre o diagnóstico precoce, os sinais do câncer de mama e o aumento de casos em estágios mais avançados.
Segundo a mastologista, deixar de ir ao médico pode significar menor chance de diagnóstico precoce e consequentemente menor chance de cura.
Ela reforçou que é preciso que as mulheres façam o autoexame e fiquem atentas aos sinais. “Nódulo palpável, alteração na cor da pele, retração da pele, ferida no mamilo, saída de líquido claro ou sangue pelo mamilo”, citou.
O período ideal para fazer o autoexame é de três a cinco dias após o término da menstruação.
Com isso, caso seja identificado algo na mama da mulher, ela deverá procurar imediatamente um especialista. Segundo a médica, essa procura é importante porque “o diagnóstico precoce permite que o tratamento seja menos agressivo”. E destacou que quando a doença é descoberta no início, as chances de cura chegam a 90%.
Com a pandemia, muitas mulheres não realizaram a mamografia. Por causa disso, a mastologista disse que é perceptível o aumento no número de casos de câncer de mama em estágios mais avançados.