Ontem desabafei na minha rede social pessoal sobre o cansaço extremo que eu estava em plena terça-feira. Recebi várias mensagens no privado. Vários relatos de mulheres (em sua maioria) dizendo que estavam esgotadas.
Quando foi que ficamos tão cansadas? A minha rotina consiste em acordar para ir trabalhar e dormir para trabalhar no dia seguinte. Percebi que ultimamente minha cabeça anda mais esquecida que o normal, que estou me alimentando com o que consigo e que praticamente não sobra tempo para ver as pessoas que amo.
Uma amiga me relatou ontem que esse foi o ano que ela mais ganhou dinheiro, mas também foi o que ela menos viveu. Pesado, né? Conversando com ela, eu disse que quem vem de uma base ‘pobre’ (como eu, ela e outras mulheres) é de uma satisfação enorme poder ganhar dinheiro e ter alguns luxos. Sim, porque ganhar dinheiro não é ruim.
Nós queremos mais. Queremos ‘luxar’, mas existe uma série de consequências por trás de tudo isso: cansaço, negligenciamos nossa saúde física, mental, perdemos momentos. Por qual motivo permitimos isso?
Ao mesmo tempo, temos a sensação de que “é ótimo pagar as contas, sobrar dinheiro e viver leve”. Leve só no bolso. Porque a cabeça vira uma bagunça.
Desde que empreendi e fundei o Eufemea que tenho aprendido o quanto é prazeroso fazer algo que você pode comandar. Não é fácil, não é simples. Nem de longe você trabalha menos… Mas é diferente, sabe? Eu aplico os meus próprios limites.
Tenho desenhado na minha mente e papel, o modelo que quero aplicar na minha empresa. Parece surreal dizer que quero, em primeiro lugar, o bem-estar da minha colaboradora? Não. Mas as empresas não funcionam assim.
Não quero que o meu negócio seja igual aos outros. Eu desejo que ele seja inspirador porque é diferente do que muitos estão acostumados. Quero que as mulheres que conciliam maternidade com trabalho possam trabalhar como elas conseguem porque estou vendo nas histórias das minhas amigas o quanto isso é difícil, doloroso, cruel.
O nosso trabalho precisa ser feito com amor, dedicação e esforço, mas não precisa nos adoecer. E aí, você escolhe ganhar mais ou viver mais?