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Pessoas tóxicas: como reconhecer e se proteger delas?

Escolhemos esse tema porque ele levanta muitas discussões e dúvidas. Para colaborar com o texto, convidei uma profissional que admiro e tenho muito carinho, a Ana Carolina Ferreira, psicóloga clínica (CRP 15/4779) com muita experiência e um currículo incrível.

Já trazendo um spoiler: o texto traz uma importante reflexão. Será que essa pessoa do meu convívio é tóxica ou minha interpretação está um tanto distorcida? Dra. Ana Carolina explica isso diante das bases cientificas e de sua experiência clínica.

O que é uma pessoa tóxica?

Para a psicologia, uma pessoa tóxica é alguém cujo comportamento adiciona negatividade e perturba a sua vida.  É aquela que se utiliza de atitudes desagradáveis em nome daquilo que ela acredita ser o correto. E como consequência termina por afastar pessoas e prejudicando as relações.

Interessante que de certa forma é comum convivermos com pessoas com traços de personalidade tóxicos: excesso de controle disfarçado de cuidado, críticas e punições disfarçadas de orientação, vitimismo, pessimismo, outras formas de manipulação sutil e as nitidamente agressivas.

As pessoas tóxicas podem fazer parte da nossa vida íntima: pais, irmãos, parentes, parceiro (a) amoroso (a), amigos – dentro do ambiente de trabalho e em outras situações onde a relação interpessoal se faz presente.

O primeiro ponto que eu oriento para identificar algum tipo de relacionamento tóxico é observar as emoções vivenciadas junto daquela pessoa.

As nossas emoções existem para nos informar onde há situações ameaçadoras e também as equilibradas.  Se o medo, a raiva, a tristeza, se fazem presentes de maneira frequente, então algo prejudicial acontece nessa relação.

É o momento de parar, observar o outro e a si. Mas atenção, quando a emoção difícil advém de uma distorção da realidade, nesse caso, poderíamos considerar que a toxidade então está na interpretação em relação ao outro e em relação aos fatos.

Cabe fazer uma análise de consciência para saber o que de fato vem do outro e o que cabe a si desenvolver alguma habilidade. De uma forma ou de outra, a assertividade é compreender se existe algo que possa ser reconstruído dentro dessa relação ou então se afastar por entender que não há outra opção.


Dá para entender que muitas vezes, as pessoas que são tóxicas estão lidando com seus próprios estresses e traumas. Mas o fato não as autoriza se apresentarem de uma maneira que magoa as pessoas em volta. E mesmo quando não há má fé não significa que isso não doa no outro.

O que a gente faz diante da toxidade dessas pessoas é: dar limite necessário para uma melhor convivência ou se afastar. É hora de funcionar o senso de autopreservação.

Entenda: quando estamos em uma relação saudável nos sentimos amados, seguros, admirados e felizes. Não tensos, sem valor e ansiosos.

Por Ana Carolina Ferreira (@acarolinapsicologa)
CRP 15/4779 – graduada pelo Centro Universitário Tiradentes – UNIT com mobilidade acadêmica na Universidade de Évora – Portugal. Possui formações em Gestalt-terapia e em Terapia do Esquema pelo Insere Psicologia e Educação com certificação pela International Society of Schema Therapy – ISST. Atendimento adulto.

Estou no Instagram: @vinculos.psi

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Natasha Taques

Psicóloga clínica (CRP-15/6536), formada em Terapia do Esquema pelo Instituto de Educação e Reabilitação Emocional (INSERE), Formação em Terapia do Esquema para casal pelo Instituto de Teoria e Pesquisa em Psicoterapia Cognitivo-Comportamental (ITPC).