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Uma enfermeira denunciou ao Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Alagoas (Sineal) ter sido ameaçada, enquanto realizava plantão, por um paciente portando uma arma de fogo, que se identificou como policial militar. O fato teria ocorrido nessa segunda-feira (23), na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Irmã Dulce, em Marechal Deodoro, Região Metropolitana de Maceió.
Conforme nota divulgada pelo Sindicato, a enfermeira relatou que o homem mostrou a arma após ela informar que não existia médico ortopedista na UPA.
Além da ameaça, o suspeito teria convocado, via mensagem, uma guarnição “amiga” da Polícia Militar de Alagoas (PM/AL) para conduzir a profissional, dando indícios de uso indevido de aparato público em benefício próprio, com intuito de coagir a enfermeira.
Ainda segundo o comunicado, após a chegada da guarnição, os policiais entraram no local em defesa do militar.
“Desferindo gritos, humilhando e sendo altamente truculento com a profissional em seu local de trabalho, diante de outros pacientes e colegas profissionais da UPA”, diz trecho.
O Sindicato relata também que, após o fato, a mulher foi levada ao Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) de Marechal Deodoro e conduzida entre as celas em meio aos detentos para ser ouvida. “Sendo-lhe negado o direito básico de ter seu advogado ao seu lado neste momento, bem como de registrar uma ocorrência sobre os fatos acontecidos”, explica.
De acordo com o Sineal, a associação está acompanhando o caso e à disposição para acompanhar os procedimentos, assegurandos que os envolvidos sejam responsabilizados e punidos pelos atos.
“Não podemos admitir qualquer tipo de violência física ou psicológica contra pessoas como meio para resolver problemas, a humanidade já superou isso há séculos”, finaliza.