Foto: Dicom/TJAL
A juíza de Alagoas Fátima Pirauá, responsável pela Comissão de Propaganda Eleitoral de Maceió, foi vítima de ataques após determinar a retirada de propaganda irregular do candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL). A denúncia foi recebida pelo aplicativo Pardal, da Justiça Eleitoral.
O presidente da Almagis, Sóstenes Alex Costa de Andrade, emitiu uma nota de apoio à juíza e disse que “um grupo de apoio a um candidato à Presidência da República protestou, de maneira incivilizada, contra a decisão de retirada de propaganda eleitoral irregular, claramente ofensiva a dispositivos da Resolução n. 23.610 do Tribunal Superior Eleitoral”.
“Quem realmente respeita a Democracia não pode compactuar com esse tipo de prática, típica de quem, ao nivelar por baixo tudo e todos, enxerga um inimigo nas autoridades públicas que prezam pelo cumprimento da lei”, diz um trecho da lei.
Várias publicações contra a juíza foram feitas no Facebook. Em uma delas, um apoiador do presidente escreveu: “Essa é a juíza alagoana, Fátima Piraua, petista radical, que mandou derrubar o comitê de Bolsonaro em Maceió. Vamos deixar mais essa lacradora famosa no Brasil”.
Em nota, o Tribunal Regional Eleitoral disse que antes da retirada, o responsável pelo local foi notificado por fiscais e por publicação oficial no dia 16 de outubro, data em que a decisão da magistrada responsável pela propaganda eleitoral em Maceió também foi publicada oficialmente (Publicação nº 84379/2022).