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Fim de ano: um momento de avaliar o que realmente importa

Dezembro é um mês normalmente marcado pelas luzes, alegria, magia, reencontros, saudades amplificadas ou resolvidas, confraternizações. Mas também é um mês de encerramento de ciclo. Um ano se finda e outro recomeça. Surge daí aquele momento da velha e implacável retrospectiva.

As lembranças retomadas nem sempre são boas, mas o principal é o olhar, ou seja, a lente esquemática com a qual enxergarei essa história.

Mergulharmos no sentimento de fracasso do que não deu certo ou focamos apenas no que foi bom, deletando os erros. Não é a forma mais saudável de evoluirmos como ser.

Quando falo da lente esquemática, compreende-se que essa é a forma como seus esquemas fazem com que você veja o mundo. Se olhar tudo com uma lente verde tudo será verde pra você, se olhar tudo com a lente rosa tudo será rosa pra você.

Mas nossas lentes não são formadas por cores, e sim por nossas vivências e faltas, existindo então lentes adaptativas que nos leva, como por exemplo a um bom senso de realidade, de self, de estabilidade emocional, gratidão.

No entanto quando as lentes desadaptativas predominam nossa visão de mundo, a visão pode estar pautada na desconfiança, negatividade, inflexibilidade, privação, dentre muitas outras lentes esquemáticas.

A questão é que só consegue fazer uma análise não esquemática ou menos esquemática, as pessoas que reconhecem seus próprios esquemas e padrões de funcionamento.

Um adulto saudável tem a capacidade de ver seus erros e acertos, comemorar suas vitórias e não mergulhar nas suas derrotas, mas, contudo, aprender com elas, compreender como não às cometer mais. Isso é processual. Toda e qualquer pessoa que queira mudar ou melhorar, pode com um direcionamento correto e o desenvolvimento da capacidade de conhecer a si e compreender melhor os outros.

Imaginar mudanças para o próximo ano é fácil! “ano que vem quero ser isso…” “ano que vem quero fazer aquilo…”, o que você precisa compreender é que o que te impede ano após ano de atingir seus objetivos pode estar tão inconsciente e intrínseco que você não consiga identificar facilmente.

Sem autoconhecimento e cuidados específicos das nossas dores mais profundas olhamos o mundo de forma distorcida e não conseguimos mudanças significativas.

Um ano se finda, o outro se inicia, vamos recomeçar adequadamente, avaliando o que realmente importa?

Estou no Instagram: @vinculos.psi

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Natasha Taques

Psicóloga clínica (CRP-15/6536), formada em Terapia do Esquema pelo Instituto de Educação e Reabilitação Emocional (INSERE), Formação em Terapia do Esquema para casal pelo Instituto de Teoria e Pesquisa em Psicoterapia Cognitivo-Comportamental (ITPC).