OLaboratório de Genética Forense do Instituto de Criminalística de Alagoas foi o grande vencedor da categoria de identificação de pessoas desaparecidas na premiação realizada pela Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG).
A certificação é um reconhecimento do trabalho realizado pela equipe de peritos criminais alagoanos na coleta, processamento e inserção dos perfis no banco nacional no período de um ano.
Marina Mazanek, perita criminal de Alagoas e administradora do Banco no estado, recebeu o certificado e explicou que no total foram seis categorias, divididas em dois grupos de inserções em números absolutos e em números relativos.
“Muito emocionante. É muito bom saber que o trabalho que fazemos lá no estado, de formiguinha, é reconhecido e que já está gerando frutos e que vai gerar ainda mais no longo prazo”, celebrou a perita criminal.
Participando pela segunda vez da conferência, Marina Mazanek, afirmou que além da premiação, o evento permite ainda uma troca de experiências entre os estados e sugestões de melhorias.
Atualização
Durante a conferência, os administradores estaduais também são treinados para atualizações do sistema que estão ou irão acontecer nos próximos meses.
“É sempre bom encontrar os colegas, compartilhar informações e as dificuldades que enfrentamos no dia a dia. A gente volta para casa com uma carga de ânimo, com a certeza de que a gente está contribuindo seja com a justiça, seja para uma família encontrar um ente desaparecido”, reforçou Marina.
A certificação aconteceu na Conferência Anual da RIBPG, que reuniu os administradores estaduais e representantes da Polícia Federal e do banco nacional em Brasília.
No final, Alagoas superou os estados de Pernambuco (2º) e São Paulo (3º), em número de inserções de perfis de familiares de pessoas desaparecidas e de corpos não identificados no IML em valores relativos, quando se leva em consideração o número de habitantes e de peritos dos estados.
O encontro marcou ainda a celebração dos 10 anos da publicação e entrada em vigor da lei 12.652/2012 que permitiu as coletas de materiais genéticos de condenados e de indivíduos investigados, e os nove anos do decreto 7.950 que criou a Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos e Banco Nacional de Perfis Genéticos.
Nesse período, o Laboratório de Genética de Alagoas foi implantado com aquisição de equipamentos de última geração e passou a funcionar com peritos criminais capacitados para atuar na resolução de crimes e na busca por pessoas desaparecidas.
Hoje, o Laboratório do IC está apto a inserir no banco nacional, materiais genéticos encontrados em corpos de vítimas, em locais de crimes, como também o DNA de detentos condenados, pessoas investigadas e de familiares de pessoas desaparecidas.
*Com Assessoria