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Caso Mônica Cavalcante: “Ela tentava se separar, mas sempre voltava com medo do que ele poderia fazer com os filhos”, diz familiar

“Ela tentava se separar algumas vezes, mas sempre voltava o relacionamento porque tinha medo dele fazer algo com os filhos”. Essa fala é de uma familiar de Mônica Cavalcante, assassinada neste domingo (18), em frente ao Fórum em São José da Tapera, Alagoas. A Polícia Civil tem realizado, desde ontem, buscas para prender o marido dela.

A familiar pediu para não ser identificada, mas contou ao Eufêmea que Mônica chegou a se separar de Leandro Pinheiro Barros, mas temia pela vida das crianças. “Uma das crianças é autista e ela tinha muito medo do que poderia acontecer com elas”.

Além de temer pela vida das crianças, Mônica vivia um ciclo de violência. “Ela se separava, ele dizia que não ia acontecer mais e ela voltava”, disse a familiar. Em um dos vídeos gravados por Mônica, antes dela morrer, a vítima disse que foi agredida várias vezes pelo marido.

À reportagem, a familiar pediu às mulheres que elas não romantizem relacionamentos abusivos. “Não tem fim. O ciclo de violência continua”.

“A sociedade precisa tomar conta desse problema. A educação machista e misógina faz com que os homens se sintam proprietários das mulheres. Essa estrutura precisa mudar”, concluiu.

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Raíssa França

Cofundadora do Eufêmea, Jornalista formada pela UNIT Alagoas e pós-graduanda em Direitos Humanos, Gênero e Sexualidade. Em 2023, venceu o Troféu Mulher Imprensa na categoria Nordeste e o prêmio Sebrae Mulher de Negócios em Alagoas.