Diante do aumento nos casos de esporotricose (micose subcutânea causada por um fungo) registrados pelas autoridades de saúde em Alagoas, a superintendente Mônica Melo da Superintendência de Proteção dos Animais da Secretaria de Estado da Cidadania e da Pessoa com Deficiência (Secdef) alerta para a necessidade de manter cuidados básicos para evitar a contaminação dos animais domésticos, especialmente dos gatos.
“É importante reforçar que a doença tem cura, tanto para humanos quanto para animais, e que o animal infectado deve ser tratado. Jamais abandonado ou sacrificado, o que configura crime com pena de dois a cinco anos de prisão. Nós, enquanto secretaria, estamos à disposição da população para orientações e esclarecimentos”, afirma a superintendente de Proteção dos Animais, Mônica Melo.
A esporotricose é uma micose causada por um fungo do gênero Sporothrix. Por atingir humanos e animais, é classificada como zoonose. Mas, ao contrário do que muita gente acredita, não é o animal o principal responsável por transmitir a doença para as pessoas.
A forma mais comum de contaminação é o contato da mucosa ou da pele ferida com materiais orgânicos como palha, madeira, vegetais e com o próprio solo onde o fungo está presente. Isso vale tanto para animais quanto para humanos.
Além do uso de equipamentos de proteção individual no manejo com a terra – como em plantações ou jardinagem –, é fundamental proteger os pets. Não permitir que o animal de estimação tenha acesso indiscriminado à rua é uma forma de evitar o contágio.
Nos passeios, o ideal é não deixar que ele entre em contato com materiais orgânicos em decomposição ou com outros animais que podem estar infectados. E, em caso de surgirem sintomas da doença – feridas profundas e de difícil cicatrização na pele e no focinho, além de espirros frequentes –, o tutor deve levá-lo a um médico veterinário.
*com Assessoria