O Museu da Imagem e do Som de Alagoas (Misa) receberá, de 1º de setembro a 1º de outubro, a exposição “Amor Preto Cura”, da artista maceioense Joyce Nobre. Com a mediação da produtora e organizadora Madlene Delfino, a exposição apresenta 12 obras pintadas a óleo, com a proposta de expressar as nuances do amor preto e seu significado crucial para a existência e a força das pessoas pretas.
“A capacidade de retratar minha história pessoal, mas não individual, como mulher preta, através dos caminhos, símbolos, sinais e histórias de cura que venho construindo, é de extrema importância. Espero que meu público reflita sobre os caminhos para encontrar esperança na vida”, compartilhou a artista visual, Joyce Nobre.
A abertura da exposição acontecerá na sexta-feira, 1º de setembro, a partir das 19h30, e contará com uma apresentação musical da artista Mary Alves. A entrada é gratuita. O Misa é um equipamento cultural do Governo de Alagoas, administrado pela Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult), localizado na Rua Sá e Albuquerque, 275, no bairro de Jaraguá, em Maceió.
Sobre a artista
Joyce Nobre Aristides é uma artista visual, mulher preta e multifacetada, que consegue conciliar suas atividades como dona de casa e mãe com sua expressão criativa artística. Em 2020, ela iniciou a transição de sua carreira, deixando para trás a profissão de vendedora de sacolé gourmet. Através das artes visuais, Joyce realiza seus sonhos e dedica todo o seu talento para expressar seus sentimentos em suas obras de arte.
A artista começou a criar pinturas em peças autorais, feitas em cerâmicas de barro, e logo expandiu para telas, retratando sua ancestralidade. Hoje, ela conta histórias também em roupas, suas peças já estão em posse de artistas como Chico César, Mariana Aydar e a artista alagoana Mel Nascimento.
Além de atuar em ateliês, Joyce leva sua arte para encantar as pessoas e colorir os muros da cidade. Seu muralismo pode ser encontrado no mercado do artesanato, localizado no bairro Levada, e outras pinturas em muros estão espalhadas pelo estado de Alagoas, resultado de trabalhos individuais e parcerias com outros artistas locais.
A artista também assinou outras exposições, sendo sua última “Sagrado Feminino”, na qual retratou de forma singela as contradições do feminino, exaltando a beleza da delicadeza e da força da feminilidade.
