Foto: Ascom Setur
O início do mês de setembro foi marcado pela assinatura do termo de cooperação entre a Secretaria de Estado do Turismo (Setur) e o Tribunal de Justiça de Alagoas, a fim de incluir mulheres vítimas de violência no Programa Escola de Turismo.
O objetivo é gerar qualificação para que elas ganhem independência financeira e saiam do ciclo de violência doméstica e familiar. O acordo ainda estabelece que o Tribunal também deve encaminhar as mulheres com ensino fundamental incompleto para a Secretaria de Educação para serem incluídas no programa “Vem Que Dá Tempo”.
Como funciona?
Mensalmente, a Setur encaminhará à Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, a agenda de cursos com as vagas disponíveis para cada município, já que o programa não contempla apenas a capital Maceió.
Feito isso, a coordenadoria direciona a quantidade de vagas para as comarcas dos respectivos municípios e os juízes identificam quais mulheres que, além de estarem em estado de vulnerabilidade social, também dependem economicamente dos seus agressores. Dessa forma, os dados das vítimas são enviados para Setur e as mulheres são inscritas nas capacitações ofertadas pelo Programa Escola de Turismo.
Este mês, os 14 municípios beneficiados vão do médio sertão à região metropolitana de Maceió, são eles: Maceió, Marechal Deodoro, Barra de Santo Antônio, Roteiro, Passo de Camaragibe, Porto de Pedras, Santana do Ipanema, Belo Monte, São Miguel dos Milagres, Japaratinga, União dos Palmares, Viçosa, Pão de Açúcar e Piranhas.
Os cursos capacitarão mulheres na área de serviços de hotelaria, restaurantes, atendimento ao público, empreendedorismo e gestão de negócios. Você pode conferir os cursos ofertados no mês de setembro na agenda anexada abaixo, com os seus respectivos municípios, horário e local. O diferencial é que a cada mês, novos cursos serão incluídos para abarcar todas as preferências e gostos.
“São cursos de camareira, recepcionista, confeiteira, elaboração de drinks. É uma gama de cursos nos quais elas vão poder se encaixar e realmente começar sua vida profissional sem depender desses agressores, sair da vulnerabilidade”, comentou a secretária Executiva do Turismo, Marília Herrmann.
Com o certificado de um curso profissionalizante em mãos, as mulheres rompem o ciclo da violência. “A independência financeira da mulher no contexto da violência familiar representa o início do rompimento definitivo do ciclo da violência e a valorização da mulher como ser humano, que não merece sofrer violências de qualquer tipo”, acrescenta a juíza Eliana Acioly.