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Taxas de câncer de colo do útero: Maranhão e Alagoas estão entre os estados com maior prevalência no Brasil

O Estado do Maranhão lidera as estimativas de câncer de colo do útero na região Nordeste, com uma prevalência de 21,71 casos para cada 100 mil mulheres, uma taxa três vezes superior à do Rio Grande do Sul, que possui a menor taxa no Brasil, com 7,11 casos para cada 100 mil mulheres. Logo em seguida, Alagoas apresenta 18,54 casos para cada 100 mil mulheres.

Por outro lado, quando comparado ao câncer de mama, que é o tumor que mais causa mortes entre as mulheres no Brasil, o Maranhão registra uma das menores estimativas do país, com 28,29 casos para cada 100 mil mulheres, superando até mesmo regiões mais desenvolvidas, como Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

Santa Catarina, por exemplo, tem uma prevalência quase três vezes maior desse tipo de câncer em comparação com o Maranhão, com 74,79 casos para cada 100 mil mulheres.

No cenário nacional, as estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA) para o próximo triênio (2023-2025) indicam cerca de 32 mil novos casos de câncer ginecológico, que engloba os tumores mais incidentes entre as mulheres, incluindo câncer de colo do útero, ovário e corpo do útero (endométrio). Esses tipos de câncer representam 13,2% de todos os casos de câncer diagnosticados nas mulheres brasileiras.

O vírus do papiloma humano (HPV) é um dos principais fatores de risco para o câncer de colo do útero e verrugas genitais. Esse vírus pode causar lesões benignas, pré-invasivas ou invasivas, como o câncer de colo do útero, que é responsável por 99,7% dos casos de câncer relacionados ao HPV, além de outros tipos de câncer nos órgãos genitais. Estima-se que 80% da população sexualmente ativa contraia a infecção pelo HPV pelo menos uma vez na vida.

Vacinação contra o HPV

A vacinação contra o HPV é uma ferramenta fundamental no controle dessas doenças. No Brasil, o Programa Nacional de Imunização (PNI) oferece a vacina gratuitamente desde 2014, sendo indicada para meninas e meninos entre 9 e 14 anos, bem como para homens e mulheres com até 45 anos que vivem com HIV/AIDS, transplantados de órgãos sólidos ou de medula óssea e vítimas de violência sexual.

Além disso, a Sociedade Brasileira de Pediatria, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) recomendam a vacinação de mulheres entre 9 e 45 anos e homens entre 9 e 26 anos, preferencialmente o mais cedo possível.

Os tumores ginecológicos podem se manifestar de diversas formas, mas, em geral, os sintomas incluem sangramento vaginal fora do ciclo menstrual, sangramento na menopausa, sangramento após a relação sexual, corrimento vaginal anormal, dor pélvica, dor abdominal, dor nas costas, dor durante a relação sexual, abdômen inchado e necessidade frequente de urinar.

Em casos de suspeita de câncer ginecológico, é crucial realizar uma série de exames minuciosos para obter um histórico completo da paciente e chegar a um diagnóstico preciso. Esses exames podem incluir ultrassom, radiografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética e tomografia por emissão de pósitrons.

Geralmente, é necessária uma biópsia para confirmar o diagnóstico e avaliar a natureza do tumor. O sistema de estadiamento varia, mas, em geral, esses cânceres são classificados em quatro estágios diferentes, desde o inicial até o mais avançado.

*com Assessoria