“Rainha. Ela era a pessoa mais importante da minha vida.” Era assim que o filho de Rosineide da Costa Silva a chamava. Erik Nicholas Costa Silva conversou com o Eufêmea e compartilhou um pouco sobre quem era Rosineide, que foi assassinada com 11 tiros pelo policial militar Wellington Pereira da Silva, após defender a sobrinha de importunação por parte do PM.
Rosineide tinha 53 anos, era cabeleireira e já tinha sido dona de um salão de beleza no bairro da Colina, em Maceió, há alguns anos. Ela era casada há oito anos com um italiano que reside na Alemanha. “Ela costumava viajar uma ou duas vezes por ano para lá”, compartilhou o filho.
Erik afirmou que sua mãe saiu de uma condição de pobreza e teve a oportunidade de viajar pelo mundo, realizando seus sonhos. No entanto, de acordo com ele, o maior sonho de Rosineide era a felicidade dele e de seu irmão.
“Ela costumava dizer que tinha dado à luz a apenas um filho, mas que, na verdade, tinha dois. Ela cuidava do filho do meu tio, que faleceu jovem”, revelou.
Para Erik, sua mãe era sua maior inspiração e personificava a força. “Minha mãe sempre foi uma mulher forte, guerreira e batalhadora”, afirmou.
Para seguir em frente, agora sem a mãe, resta a força que ela lhe ensinou.
“Eu só estou conseguindo ser forte porque aprendi com ela. Não sei até onde conseguirei chegar, mas vou usar toda a força que ela sempre me deu”, declarou Erik.
O caso
Informações obtidas pela Polícia Civil indicam que a vítima estava bebendo com amigos e familiares quando o militar foi convidado por um vizinho para se juntar ao grupo.
O suspeito começou a importunar a sobrinha da mulher, uma jovem de 21 anos. Rosineide foi defendê-la.
A PM emitiu uma nota lamentando o ocorrido e o falecimento. Nota da Redação: não houve “falecimento”, ela foi assassinada.
Ainda em nota, a PM disse que prontamente, a equipe de Força Tática da unidade iniciou as buscas pelo suspeito. No momento da prisão, o autor apresentava sinais visíveis de embriaguez.
