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Saiba quais municípios de AL possui mais mulheres empreendedoras; total é de 83 mil negócios

Foto: Internet

Alagoas possui 83.442 negócios com registro ativo que possuem mulheres como empreendedoras. No Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta sexta-feira (8), a Junta Comercial do Estado de Alagoas (Juceal) divulgou um estudo inédito que mapeia o ambiente empresarial alagoano para empresárias, sócias, diretoras ou representantes.

De acordo com o estudo, as composições de cargos variam. Em Alagoas, existem 62.938 empresárias, 24.849 sócias, 17.697 administradoras de negócio, 677 representantes e 228 cargos de diretoria, que, juntas, integram os mais de 83 mil empreendimentos.

Mesmo com uma população feminina que representa 52,1% do estado, conforme o Censo 2022, o número de negócios com empreendedoras reflete apenas 30,04% do total de negócios ativos perante a Juceal.

As cidades com maiores números são Maceió (42.194 empresas), Arapiraca (7.050), Rio Largo (2.507), Marechal Deodoro (1.985), Penedo (1.778), São Miguel dos Campos (1.596), Palmeira dos Índios (1.434), União dos Palmares (1.410), Delmiro Gouveia (1.249) e Coruripe (1.214).

As atividades econômicas são diversas, mas os destaques são claros. Entre as seções de atividades, o comércio (36.779 empresas) e alojamento e alimentação (10.018) representam 56,1% do total. 

O estudo produzido pela Juceal traz também informações como porte empresarial, natureza jurídica e localidade. Negócios na área metropolitana, negócios ao longo do interior. Negócios antigos, novos negócios. Negócios como o de Tatiana Boia, com expectativa de crescimento e expansão.

Planejado e estruturado há mais de quatro meses, o empreendimento chamado Oficial Pizzas e Massas, que é composto pela família de Tatiana, foi registrado na Junta Comercial logo no início deste ano, em 10 de janeiro, mas só foi inaugurado ontem, aproveitando as comemorações do Dia Internacional da Mulher.

A proposta do empreendimento é diferente: unir o serviço de fornecimento alimentício com a nostalgia dos desenhos e da temática dos anos 80 e 90.

“Considero a primeira pizzaria nostálgica do estado. É um projeto que nasceu de muito planejamento, com pesquisa de mercado, e com muito cuidado. Queremos algo democrático e também acessível. E a resposta tem sido muito boa, é a prova de que já deu certo. A gente vê muita gente gostando da proposta, sonhando junto. Por isso já penso até em expandir, quem sabe montar uma franquia, abrir uma loja, com outro planejamento, no Tabuleiro”, avalia a empresária que inaugurou o seu negócio no bairro Jatiúca, em Maceió. 

Para a Tatiana, a data tem um significado especial, e o ambiente empresarial mostra isso. “Concordo que é mais difícil para a mulher, muito pela disparidade de realidades. Além da empresa, a mulher tem que cuidar da casa, da família. Isso tudo exige muito, mas a gente encara sempre com muita garra”, afirma.

Se para as novas empreendedoras a sensação é de empenho redobrado, o sentimento não muda para aquelas que empreendem há mais tempo: “Ah, sim, a gente enfrenta aquela dúvida por parte dos homens, dúvida de que não teria capacidade, mas tenho mostrado que o negócio tem crescido”.

A fala é da empresária Cynara Rocha, que, com o desejo desde jovem de trabalhar com sorvetes e gelatos, resolveu largar a experiência de anos como advogada e investir em uma nova carreira. Registrado na Juceal em fevereiro de 2020, o negócio chamado de Maria Pitanga Serraria tem rendido bons frutos. 

“Sempre gostei dessa parte de atendimento ao público. Como advogada, sempre fui autônoma e isso não mudou com a empresa, me sinto realizada. Tive dificuldades durante a pandemia, uns apertos para adaptar o pagamento da franquia. Hoje conseguimos expandir o cardápio, que possui também açaí, tapioca e crepioca. A meta, quem sabe, é abrir outra loja da franquia”, aponta.

Para Alagoas, a expectativa, então, é de criar um ambiente empresarial que possibilite cada vez mais a diversificação do empreendedorismo. Isso é o que reforça o presidente da Juceal, Ricardo Dória, que ainda destaca o ineditismo do estudo feito pela entidade.

“A Junta Comercial é um agente de desenvolvimento econômico e esse estudo é algo novo na história de Alagoas. Ele servirá para aplicarmos políticas públicas de diversificação do empreendedorismo, dando, assim, mais oportunidades para as mulheres. Como esse agente de desenvolvimento, cabe também à Juceal oferecer o melhor ambiente possível para o registro e o licenciamento dos negócios”, frisa. 

Dados empresariais

O estudo promovido pela Juceal revela que as 83.442 empresas podem ser subdivididas em 49.551 microempreendedores individuais (MEIs), 24.827 microempresas (MEs), 5.281 empresas de pequeno porte (EPPs) e 3.783 negócios considerados sem porte.

Enquanto os quantitativos mais altos em relação às seções de atividades são encontrados para comércio (36.779); alojamento e alimentação (10.018); outras atividades de serviços (7.517); indústrias de transformação (6.623); e atividades administrativas e serviços complementares (4.434).

A Junta Comercial é a entidade responsável pelos processos de abertura, alteração e baixa empresarial no estado, além de ser a integradora da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim) em Alagoas.

*Com Assessoria