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Transtorno de Personalidade Dependente: O que é? Como tratar?

Para o texto de hoje, convidei a psicóloga Huíla Clapp (CRP: 15/5673).

Crença de que, ao discordar do outro, será abandonado; desejo de manter relações carinhosas e de apoio que podem levá-los à submissão; timidez e passividade. Comportamentos de submissão e dependência, com a função de obter o cuidado do outro, que se originam da autopercepção de não ser capaz de funcionar adequadamente sem ajuda.

Busca por superproteção ou dominação por parte dos outros como forma de lidar com o sentimento de abandono e/ou medo de não resolver seus próprios problemas, podem ser características de pessoas com TPD. E hoje vamos compreender o Transtorno que costuma ser confundido com um funcionamento dependente, especialmente nos relacionamentos amorosos.

Indivíduos com TPD têm prejuízos na autoeficácia, ou seja, a própria percepção de quanto ele consegue resolver seus problemas costuma ser muito baixa. Outras características também comuns a esses indivíduos podem ser: pessimismo, tendência a subestimar suas capacidades e aspectos positivos; encarando crítica e desaprovação como prova da sua desvalia, perpetuando a perda de fé neles mesmos.

Ao nascermos, dependemos das pessoas para nos alimentarmos, para garantir nossa segurança, apoio… Parte do nosso processo de socialização, e me restrinjo a falar daqui do Brasil, envolve o auxílio de outras pessoas para que nos tornemos cada vez mais independentes, autônomos.

A morte precoce de um dos pais, negligências, rejeição dos cuidadores pode fazer com que o indivíduo cresça com medo de ser abandonado. Quando falamos de transtorno, falamos de um padrão de comportamento frequente que, nesse transtorno, costuma surgir no início da vida adulta.

Sabemos que transtornos possuem causas multifatoriais: ambientais, genéticas. E a prevalência dele é de 0,5% na população geral e é mais comum em mulheres. Na infância e adolescência, o diagnóstico deve ser feito com muito cuidado; pode ser mais seguro aguardar o indivíduo entrar na fase adulta para diagnosticar.

Não existe tratamento medicamentoso específico para os transtornos de personalidade, mas tratar suas comorbidades como ansiedade e depressão, por exemplo, costuma trazer benefícios ao paciente.

Felizmente, o indivíduo com TPD, uma vez aderindo ao processo psicoterapêutico, em especial em Terapia do Esquema, pode se beneficiar em muitos aspectos.

Huíla Clapp
@psicologahuila
Fonte: DSM 5 – TR.

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Natasha Taques

Psicóloga clínica (CRP-15/6536), formada em Terapia do Esquema pelo Instituto de Educação e Reabilitação Emocional (INSERE), Formação em Terapia do Esquema para casal pelo Instituto de Teoria e Pesquisa em Psicoterapia Cognitivo-Comportamental (ITPC).