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Mulheres Connectadas é a primeira startup alagoana a conquistar prêmio da ONU

Em um momento histórico para o empreendedorismo feminino em Alagoas, a startup Mulheres Connectadas recebeu o Prêmio Elas Lideram 2030 da ONU, em Nova York. O reconhecimento é uma homenagem às contribuições da empresa para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), com destaque para a promoção da igualdade de gênero e a redução das disparidades digitais.

Alessandra Pontes e Gesyca Santos são os nomes por trás da startup, que conta com uma jornada marcada por inovação e impacto social. Em entrevista ao Eufêmea, as co-fundadoras compartilharam seus sentimentos após receberem o reconhecimento global.

Leia mais: “Não é um universo fácil de trabalhar, mas é encantador”, diz cofundadora de startup de tecnologia para mulheres [https://www.eufemea.com/2021/06/nao-e-um-universo-facil-de-trabalhar-mas-e-encantador-diz-cofundadora-de-startup-de-tecnologia-para-mulheres/ ]

“Estamos incrivelmente emocionadas e orgulhosas. É uma validação do nosso compromisso e dedicação em promover a inclusão e a igualdade de gênero por meio da tecnologia social. Estamos ainda mais motivadas para continuar avançando e expandindo nosso impacto, sabendo que estamos sendo reconhecidas globalmente”, comemora Gesyca Santos, Mestre em Propriedade Intelectual.

Alessandra Pontes acrescentou que, embora sempre tenham sonhado alto, o prêmio global foi uma surpresa maravilhosa, impulsionando-as a expandir ainda mais seu impacto e presença internacional. “Queremos fortalecer nossas parcerias, ampliar nossa presença internacional e continuar desenvolvendo soluções inovadoras que promovam a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres”, disse ela.

Capacitação de mulheres

Gesyca Santos disse que a startup atua como um catalisador para capacitar mulheres a se tornarem líderes e profissionais destacadas, desafiando estereótipos de gênero e criando um ambiente inclusivo.

“Nossa plataforma não apenas fornece acesso a conhecimento e oportunidades de desenvolvimento profissional para mulheres, mas também desafia os estereótipos de gênero ao criar um ambiente inclusivo e acolhedor para todos. Estamos capacitando mulheres a se tornarem líderes, empreendedoras e profissionais de destaque, contribuindo assim para uma mudança positiva no cenário tecnológico”, afirmou Gesyca.

Veja também: Mulheres na tecnologia: elas romperam estereótipos e inspiram mudanças no universo digital [https://www.eufemea.com/2023/11/mulheres-na-tecnologia-elas-romperam-estereotipos-e-inspiram-mudancas-no-universo-digital/ ]

Já Alessandra Pontes enfatizou a abordagem inovadora e holística da startup, que não apenas fornece recursos, mas capacita as mulheres a serem agentes de mudança em suas comunidades. 

“A nossa plataforma aborda uma variedade de questões, desde empreendedorismo até a lei do assédio, tornando-a abrangente e relevante para diversas áreas da vida das mulheres”, informou.

Letramento digital

Sobre conselhos para outras mulheres empreendedoras, Gesyca incentivou a persistência, construção de redes de apoio e aprendizado contínuo.

“Construa uma rede de apoio sólida e esteja aberta a aprender com os outros. Lembre-se, de que cada obstáculo é uma oportunidade de crescimento e que seu trabalho árduo e dedicação podem realmente fazer a diferença, não apenas para você, mas também para as gerações futuras”, reforçou.

Quanto à solução de letramento digital da empresa, Alessandra Pontes ressaltou sua importância na redução do gap de gênero e do abismo digital, fornecendo acesso igualitário ao conhecimento e habilidades digitais, capacitando as mulheres a participarem ativamente da economia digital e promovendo uma cultura inclusiva no ambiente digital.

“Hoje, há 89 milhões de mulheres que vêm sendo excluídas do processo de transformação digital, um dado da América Latina. É essencial fornecer acesso igualitário ao conhecimento e às habilidades digitais e estamos capacitando mulheres a se tornarem participantes ativas na economia digital e na sociedade como um todo”, afirmou.

A cofundadora explicou que a plataforma oferece apenas treinamento prático em habilidades digitais, mas também aborda questões de gênero, promovendo uma cultura inclusiva e diversificada no ambiente digital. “Ao investir em nossa solução de letramento digital, não apenas reduzimos as disparidades de gênero e digitais, mas também criamos uma sociedade mais justa, equitativa e pronta para o futuro”, concluiu Alessandra.

Pacto Global da ONU

A Rede Brasil reconheceu boas práticas de empresas participantes dos Movimentos de Direitos Humanos da estratégia Ambição 2030 do Instituto. O reconhecimento ocorreu durante evento paralelo à Comissão da ONU sobre a Situação das Mulheres (CSW), principal fórum mundial de negociação e monitoramento dos compromissos internacionais sobre direitos humanos das mulheres.

Os certificados e troféus foram entregues aos representantes de empresas participantes reconhecidas dentro dos quatro Movimentos (Mente em Foco, Elas Lideram 2030, Salário Digno e Raça é Prioridade), na sede das Nações Unidas.

Esta foi a primeira vez que este tipo de prêmio foi realizado pela Ambição 2030 para os Movimentos vinculados à temática de Direitos Humanos e Trabalho.

As organizações interessadas puderam inscrever suas boas práticas, entre janeiro e fevereiro de 2024, em diferentes categorias, sendo sete do Mente em foco, cinco do Raça é Prioridade, quatro do Elas Lideram e mais quatro de Salário Digno. As vencedoras foram escolhidas por um Comitê Avaliador, formado por especialistas em cada tema e membros dos Comitês Consultivos de cada Movimento.

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Rebecca Moura

Estudante de Jornalismo pela Universidade Federal de Alagoas e colaboradora no portal Eufêmea, conquistou o primeiro lugar no Prêmio Sinturb de Jornalismo em 2021. Em 2024, obteve duas premiações importantes: primeiro lugar na categoria estudante no 2º Prêmio MPAL de Jornalismo e segundo lugar no III Prêmio de Jornalismo Científico José Marques Melo.