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O conhecimento científico produzido na Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) contará com um importante reforço a partir do segundo semestre de 2024. É que um projeto voltado para a pós-graduação stricto sensu da Uncisal foi contemplado, em edital da Fundação de Amparo à Pesquisa de Alagoas (Fapeal), com recursos na ordem de R$ 450 mil. O montante será utilizado para aquisição de equipamentos.
A pesquisa contemplada em edital é liderada pela professora Juliane Cabral e investiga a toxicidade de plantas medicinais usadas pela população. Os equipamentos serão instalados em um laboratório multiusuário localizado no Biotério da Uncisal e poderá ser utilizado não apenas no projeto específico, mas em outras iniciativas, fortalecendo, assim, a pós-graduação stricto sensu, ou seja, programas de mestrado e doutorado.
“Sem dúvidas, essa é uma grande conquista para a nossa universidade, porque amplia a estrutura dos nossos laboratórios e favorece toda a rede de conhecimento científico que é desenvolvida na Uncisal. Fomos contemplados, praticamente, no valor máximo disponível, que era de R$ 500 mil. Imagine o impacto positivo que esses equipamentos vão gerar e quantas publicações serão feitas a partir desse investimento”, pondera Juliane Cabral.
A aquisição dos equipamentos também deve favorecer a formação de parcerias com pesquisadores de instituições de ensino superior de Alagoas e de outros estados. Atualmente, pesquisadores da Uncisal têm parcerias com a Universidade Federal de Alagoas e com universidades dos estados de Sergipe, do Amazonas e de Minas Gerais. Além de atuar ao lado de outras instituições brasileiras, a universidade colabora com pesquisas realizadas na França.
“Os pesquisadores, normalmente, atuam em rede. E essas parcerias trazem benefícios em diversos sentidos, porque favorecem o desenvolvimento das pesquisas, mas também podem estruturar as universidades. Por meio de um convênio com a Univasf, de Pernambuco, nós adquirimos equipamentos que avaliam parâmetros hematológicos e bioquímicos e conseguimos estruturar nossos laboratórios”, acrescenta Juliane Cabral.
No caso específico do projeto contemplado pela Fapeal, ele funcionará no Biotério da Uncisal. O espaço saiu do papel em 2022, após 11 anos de espera, quando a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propep) conseguiu reaver e utilizar os recursos de um convênio. Desde então, o espaço tem abrigado diversos equipamentos multiusuários, com capacidade para atender a pesquisadores de múltiplas áreas da instituição.
“O Biotério da Uncisal nos proporciona o casamento perfeito, porque aqui temos os equipamentos e os animais. Por mais que existam métodos alternativos para a validação de pesquisas, como os testes in vitro, é importante realizarmos testes in vivo. Se não houvesse o Biotério, como no passado não havia, a gente não conseguiria validar essa pesquisa”, conclui a professora e pesquisadora Juliane Cabral.
De acordo com Danielle Custódio Leal, responsável pelo Biotério da Uncisal, iniciativas como a desenvolvida pela professora Juliane Cabral modernizam a estrutura do espaço e, ao mesmo tempo, contribuem efetivamente para a produção do conhecimento e para a ampliação dos indicadores de pós-graduação da universidade. “Hoje nosso Biotério conta com equipamentos atualizados, multiusuários, que podem ser utilizados por diversos pesquisadores. A chegada desses equipamentos por meio de editais resultam em ganhos para todos”, conclui.
*Com Assessoria