Há mais de um ano, iniciei minha jornada de transição capilar. Aos 31 anos, encontrei em mim uma mulher que nem sabia que existia. Uma mulher que se descobriu linda, cacheada e fora dos padrões que a sociedade impõe como bonito.
A jornada da transição capilar vai muito além de uma mudança de aparência; envolve autoconhecimento, paciência e coragem para abraçar o novo. E, quando falo do novo, refiro-me também à Raíssa jornalista e gestora.
Primeiramente, a transição capilar ensina a lidar com o processo. Quando decidi parar de alisar meu cabelo, o caminho não foi imediato. Aprendi a respeitar o tempo de crescimento, adaptação e redescoberta. No empreendedorismo, o processo também é essencial. Muitas vezes queremos resultados rápidos, mas entender que cada etapa tem seu tempo é fundamental para construir algo sólido.
Outra lição importante foi sobre resiliência. Durante a transição, há momentos desafiadores: o cabelo nem sempre fica como gostaríamos, a comparação com os padrões estabelecidos é inevitável, e a vontade de desistir pode surgir. Mas, optei por perseverar e acreditar que o resultado final seria lindo. No mundo dos negócios, sobretudo quando falamos de negócios femininos.
A transição capilar também me ensinou sobre a importância da autenticidade. Quando finalmente abracei quem eu realmente sou e me mostrei ao mundo, percebi que portas se abriram e pessoas começaram a se inspirar em mim. Empreender exige essa mesma autenticidade – é necessário encontrar e seguir nossa verdadeira missão, em vez de tentar replicar fórmulas prontas. O que nos diferencia no mercado é a nossa essência.
Hoje, vejo minha transição capilar como um reflexo da minha trajetória como empreendedora. Ambas envolvem paciência, autenticidade, resiliência e, acima de tudo, a coragem de abraçar quem somos e o que queremos construir.
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