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De enfermeira a Secretária de Estado da Primeira Infância em Alagoas: conheça Caroline Leite

Transformar o futuro a partir do cuidado com a primeira infância é o que move Caroline Leite, Secretária de Estado da Primeira Infância de Alagoas (Cria). Mulher sertaneja que cresceu vivenciando de perto as desigualdades sociais, Caroline acredita que políticas públicas eficazes são capazes de mudar vidas, especialmente das crianças em situação de vulnerabilidade.

“Minha maior inspiração é a certeza científica de que investir na primeira infância transforma o futuro. Mudar, para sempre, a vida de uma criança é o que me dá energia para seguir em frente”, afirmou Caroline ao Eufêmea.

Trajetória profissional

Foto: Cortesia ao Eufêmea

Aos 30 anos, Caroline Leite, enfermeira de formação, assumiu o cargo de Secretária de Estado da Primeira Infância em Alagoas. Em entrevista ao Eufêmea, ela contou que sua trajetória profissional começou na área da saúde, onde atuou como enfermeira assistencial em uma unidade de pronto atendimento. “Iniciei minha carreira como enfermeira assistencial e, em um ano, fui promovida a coordenadora de assistência, onde permaneci por quatro anos”, relembra Caroline.

A experiência na gestão de saúde despertou seu interesse por cargos de liderança, o que a motivou a buscar especialização. “Desenvolvi uma grande afinidade pela área de gestão e busquei me especializar”, comenta.

A oportunidade de ingressar no setor público surgiu por meio de um processo seletivo para assessoria técnica no Núcleo da Primeira Infância da SESAU. Posteriormente, com a transição do Programa Cria para a Secretaria Extraordinária da Primeira Infância, Caroline assumiu a gerência de saúde, liderando projetos voltados para a saúde infantil.

“No final do ano passado, a Secretaria se tornou independente e, em abril deste ano, fui convidada pelo governador Paulo Dantas para assumir a pasta, o que demonstra a valorização dos profissionais técnicos do estado”, celebra.

“Fui escolhida pelo meu desempenho como gerente de saúde, em um processo baseado em meritocracia. Acredito fortemente na valorização dos servidores”, acrescenta.

Primeira infância em Alagoas

Sobre os desafios na área da primeira infância em Alagoas, Caroline destaca que a prioridade é garantir o acesso das crianças em situação de vulnerabilidade aos serviços de saúde e educação. “Nosso objetivo é enfrentar e mudar essa realidade. Com projetos inovadores e muito comprometimento, já conseguimos melhorar diversos indicadores”, afirma.

Caroline reforça que o investimento na primeira infância é essencial para o desenvolvimento da sociedade. “Minha maior inspiração é a certeza científica de que o investimento na primeira infância transforma o futuro. Ter a chance de mudar, para sempre, a vida de uma criança me dá energia para seguir em frente”, ressalta.

Projetos da gestão

Entre os principais projetos de sua gestão, Caroline destaca o fortalecimento do planejamento reprodutivo, pré-natal, vacinação e acompanhamento infantil. “No Cria, acompanhamos a criança desde o planejamento da gestação até os seis anos de idade. Um dos nossos projetos estratégicos é o fortalecimento do planejamento reprodutivo, com acesso a métodos contraceptivos de longa duração”, explica.

Para Caroline, a união entre políticas públicas e a sociedade é crucial para garantir o crescimento saudável das crianças. “A família oferece o primeiro ambiente de aprendizado, onde interações afetuosas e estímulos adequados promovem o desenvolvimento emocional e cognitivo”, diz.

A secretária reforça que a sociedade civil pode apoiar as famílias com iniciativas educativas e redes de suporte. “Juntos, esses atores ajudam a criar um ambiente seguro, inclusivo e estimulante, fundamental para o crescimento saudável das crianças na primeira infância”, conclui.

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Rebecca Moura

Estudante de Jornalismo pela Universidade Federal de Alagoas e colaboradora no portal Eufêmea, conquistou o primeiro lugar no Prêmio Sinturb de Jornalismo em 2021. Em 2024, obteve duas premiações importantes: primeiro lugar na categoria estudante no 2º Prêmio MPAL de Jornalismo e segundo lugar no III Prêmio de Jornalismo Científico José Marques Melo.