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Outubro rosa

Outubro Rosa: Saiba a importância do suporte psicológico durante o tratamento

O tratamento do câncer de mama traz mudanças significativas no corpo da mulher, como a queda de cabelo, a perda de massa muscular e outras complicações físicas que afetam sua autoestima e bem-estar. No entanto, essas transformações não se restringem ao aspecto físico, o lado psicológico também sofre grandes impactos. Medo, ansiedade e incerteza são sentimentos comuns que surgem nessa jornada desafiadora. Por isso, o apoio psicológico se torna essencial.

Segundo Julyanna Ribeiro, psicóloga e coordenadora do curso de Psicologia da UNINASSAU Arapiraca, os desafios emocionais já aparecem no momento do diagnóstico, com a paciente enfrentando o medo da morte, a incerteza quanto ao futuro e a sensação de vulnerabilidade em relação ao próprio corpo. “Muitas mulheres se deparam com um forte abalo em sua identidade, especialmente em relação à feminilidade e à sexualidade, áreas afetadas pela quimioterapia. O tratamento envolve, ainda, o medo da perda das mamas, da fertilidade e mudanças na rotina. Estigmas sociais podem levar ao isolamento, dificultando a aceitação do apoio oferecido”, explica.

A psicoterapia proporciona um espaço seguro para a paciente lidar com a percepção alterada de seu corpo, trabalhando a aceitação das mudanças e a recuperação da autoestima. A coordenadora destaca que o acompanhamento psicológico foca na ressignificação do corpo. “A abordagem auxilia a mulher a reconhecer sua nova imagem e recuperar a autoconfiança. Como também ajuda a desenvolver estratégias de enfrentamento, promovendo uma atitude positiva diante de desafios como fadiga, dor crônica e alterações hormonais”, diz.

O câncer de mama afeta não apenas a paciente, mas também seus familiares. Por essa razão, o envolvimento da família no processo terapêutico não apenas auxilia a mulher a enfrentar a doença, mas também fortalece emocionalmente todos os membros da família. “O acompanhamento psicológico melhora a comunicação, permitindo a discussão aberta de medos e ansiedades. Quando cônjuges e filhos participam do tratamento, se sentem mais preparados para oferecer o suporte emocional necessário, promovendo um ambiente solidário e comunicativo”, destaca a psicóloga.

O término do tratamento oncológico marca o começo de um novo desafio: a adaptação à vida pós-câncer. A coordenadora do curso de Psicologia da UNINASSAU Arapiraca, Julyanna Ribeiro, aponta que as incertezas e ansiedades presentes durante essa fase de transição podem ser superadas. “Restaurar o sentido de continuidade após o tratamento é o principal objetivo. A terapia busca a reconstrução da identidade, o retorno a projetos pessoais e profissionais interrompidos, a aceitação de limitações e a elaboração de novas metas e rotinas. Tudo isso contribui para uma reintegração segura e confiante na sociedade”, finaliza.

*Com Ascom UNINASSAU