A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) orienta a população a manter a caderneta de vacinação em dia e se proteger de várias doenças imunopreveníveis. Uma delas é a varicela, popularmente conhecida como catapora, transmitida pelo vírus Varicela-Zoster.
A doença é caracterizada pelo surgimento de exantema (erupção cutânea) de aspecto de bolha, manifestando-se em crianças e adultos, aumentando sua incidência entre os meses de agosto e novembro, devido à mudança climática e à aglomeração.
O esquema vacinal contra a catapora se inicia aos 15 meses de idade, com a primeira dose da vacina varicela atenuada, juntamente com a segunda dose da vacina tríplice viral. Aos 4 anos de idade, conforme o Calendário Vacinal do Ministério da Saúde (MS), é necessário receber a segunda dose da vacina varicela atenuada, completando o esquema vacinal.
As crianças podem receber a vacina varicela atenuada até os seis anos, 11 meses e 29 dias, ou seja, até quando forem menores de 7 anos de idade. Para estar devidamente protegida contra a varicela, toda criança até seis anos, 11 meses e 29 dias deve ter duas doses de vacina com o componente varicela registradas na Caderneta de Vacinação.
Já em casos de pessoas que tiveram contato com o vírus, a vacina deve ser realizada de forma seletiva e de acordo com as indicações do Calendário Nacional de Vacinação.
Essa recomendação se aplica no período de cinco dias, para administração da vacina, e de quatro dias, para administração da Imunoglobulina Humana Antivaricela (IGHAV), após o contato com caso suspeito ou confirmado de varicela.
Sinais e sintomas
A catapora é facilmente transmitida para outras pessoas. O contágio acontece por meio do contato com o líquido da bolha ou pela tosse, espirro, saliva ou por objetos contaminados pelo vírus, ou seja, contato direto ou de secreções respiratórias. Indiretamente, é transmitida por meio de objetos contaminados com secreções de vesículas e membranas mucosas de pacientes infectados.
Entre os sinais e sintomas apresentados estão febre moderada, mal-estar, bolhas no corpo, prostração, cefaleia, anorexia e dor de garganta.
Em crianças, a evolução geralmente é benigna e autolimitada, em adolescentes e adultos o quadro clínico tende a ser mais severo. Em Alagoas não há registro de óbitos pela doença, mas o Estado monitora todos os casos hospitalizados e surtos reportados pelos municípios.
Este ano, de janeiro a setembro, foram informados oito casos, sendo eles nas cidades de Arapiraca; Porto Real do Colégio, Maceió, Jacaré dos Homens, Santana do Mundaú, Matriz do Camaragibe, Rio Largo e Penedo. No ano anterior, no mesmo período, foram contabilizados quatro casos, sendo eles nos municípios de Maceió; Igreja Nova; Ouro Branco; Santana do Ipanema.
*Com Assessoria