Foi a minha forma de ver — e escrever — o mundo que, definitivamente, me colocou no lugar onde estou hoje. Escrever me aproximou de mulheres desde quando eu era bem novinha. Escrevia para as amigas que moravam longe, escrevia quando eu morei longe. Enviava por e-mail, mesmo antes do advento das redes sociais.
Eu, hoje, escrevo com água nos olhos, inaugurando esse espaço com tanta honra, mas com uma retrospectiva passando em minha mente do que vivi nos últimos anos. A emoção toma conta por saber que não são vocês que escutam atentamente a minha voz. Eu que sou a voz de todas as mulheres que eu tive e tenho a oportunidade de cruzar.
Escrever me desafia, me deságua e me desarma. É o desabafo da minha alma, do que tenho de mais precioso, que é a minha forma — às vezes sensível, às vezes ácida — de enxergar o mundo. É uma grande responsabilidade sair dos meus espaços, físicos ou virtuais, para tentar tocar mais corações em um portal que abraça e é abraçado por tantas mulheres.
Mas nada acontece na vida da gente por acaso. E poder falar sobre os assuntos que mais amo, que mais estudei, que mais fazem o meu olho brilhar, para ainda mais mulheres especiais, era absolutamente um convite irrecusável!
Uma terapia em grupo, uma troca de figurinhas, no estilo chá com bolo das cinco da tarde. É assim que penso no formato dessa coluna: um papo fluido e leve, como a vida pede.
Falar sobre moda, artesanato, criatividade, arte e cultura popular é, obviamente, falar sobre tudo o que gira em torno das mulheres potentes. E uma mulher potente tem sempre muito o que falar!
Que sejamos, eu e vocês, bem-vindas a esse espaço que será orquestrado com muito afeto e amor. Prontas?
