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Taxa de desemprego entre mulheres advogadas atinge 42,5% em AL, aponta OAB

A Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL) divulgou o resultado do Censo da Advocacia, realizado entre os meses de agosto e outubro de 2022, com 1.541 entrevistas. Do total de entrevistados, 816 profissionais (53%) são do sexo masculino, enquanto 725 (47%) são mulheres. 

De acordo com os dados coletados, em relação ao gênero, também foi possível notar uma disparidade: 33,9% dos homens possuem maior salário e disseram ter rendimentos acima de 6 salários mínimos, enquanto 15,5% das mulheres declararam renda elevada.

No quesito renda mensal, a maior parte dos advogados e advogadas (51,8%) declararam receber entre 1 e 3 salários mínimos. Já o percentual de profissionais com renda acima de 6 salários mínimos foi de 25%. 

Os dados mostram que as mulheres são a maioria desempregada, um total de 42,5%, enquanto o percentual de profissionais do sexo masculino sem trabalhar é de 38,6%. Para 69,4% dos entrevistados, a advocacia é a principal fonte de renda atualmente. 

Ainda conforme o levantamento, a maioria da advocacia alagoana atua de forma autônoma (40,6%), enquanto 37,7% são sócios e 19,3% são associados. Entre os homens, 47% atuam como sócios, enquanto 25,2% das mulheres são sócias dos escritórios em que trabalham. 

A advocacia alagoana é majoritariamente jovem, com 69,4% dos advogados e advogadas na faixa etária de 25 a 44 anos. Do total de entrevistados, 816 profissionais (53%) são do sexo masculino, enquanto 725 (47%) são mulheres. 

O questionário também levantou questões como raça, formação, área de atuação e renda mensal. A maioria dos advogados e advogadas se autodeclararam brancos, enquanto 39,5% se disseram pardos, 6,3% se disseram pretos e 2% se enquadram como outras definições. 

Um percentual de 83,3% dos entrevistados concluiu a graduação em Direito entre os anos de 2005 e 2022, com o pico de formações sendo em 2017, com 14,7%. Entre os que responderam às perguntas, 69,5% disseram ter plano de saúde e 51,8% afirmaram ser doadores de órgãos. Além disso, 39,0% das advogadas e dos advogados declararam já ter tido suas prerrogativas violadas durante o exercício profissional.

Dentro dessa faixa dos que ganham mais, a maioria se autodeclarou ser da cor branca (31%) e apenas 11% dos negros afirmaram alcançar rendimentos mais elevados. 

Entre os que responderam ao questionário, aplicado de forma on-line, somente 2,5% se declararam como Pessoas com Deficiência (PCD). Dentro desse público, 48,6% disse ter deficiência motora; 31,4% deficiência visual; 11,4% com deficiência auditiva; 2,9% afirmou ter deficiência cardíaca; 2,9% são mastectomizadas; e 2,9% têm deficiência mental /intelectual. 

Sobre cursos na área, 85,1% declararam ter interesse em fazer cursos de atualização jurídica, enquanto que somente 14,9% disse não participar. Em relação ao planejamento financeiro futuro, a maioria (55,7%) das advogadas e dos advogados declara contribuir com a previdência pública, enquanto 38,2% não possuem qualquer tipo de previdência.

*Com OAB