Cuidado “é uma palavra feminina”, já refletiu sobre isso?
Desde pequenas (geralmente) somos ensinadas a cuidar das bonecas, a brincar de panelinha e a sermos boas “mães”. Na adolescência, muitas de nós já dividimos a tarefa de gerenciar o trabalho doméstico com nossas mães — mesmo se tivermos outros homens (mais velhos ou da mesma idade) em casa. Talvez isso tenha mudado um pouco com o passar do tempo, mas ainda é uma prática enraizada.
Quando crescemos dificilmente o panorama muda e grande parte das mulheres ficam responsáveis por cuidar de familiares doentes, idosos e das crianças, além dos companheiros — vivendo então duplas ou triplas jornadas de trabalho, dentro e fora do lar.
Quantas crianças, estão nesse momento sendo cuidadas por suas avós? É como se o ciclo do cuidar feminino nunca acabasse.
A gente podia ficar até amanhã citando exemplos de mulheres cuidando dos outros, se forçando a dar conta de tudo e a culpa que tudo isso gera dentro de nós — inclusive a culpa de não cuidar tão bem de si mesma.
Mas, o questionamento é, quem cuida de nós enquanto estamos cuidando de todos? Você tem resposta? Talvez precisemos ainda, cuidar mais umas das outras.
O desafio também é investir no autocuidado.
Nos cuidemos, por amor a nós mesmas.
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