Já ouvi dizer que a sorte profissional era proporcional ao tempo de trabalho, mas frequentemente vejo pessoas que trabalham muito, muito mesmo, não se sentirem com sorte em sua profissão.
Eu mesma sentia isso quando trabalhava horas excessivas, muitas vezes em finais de semana, à noite, e não sentia que tinha resultado nem financeiro nem em termos de satisfação pessoal.
Apenas hoje, em minha segunda profissão como psicóloga (tenho uma primeira graduação em publicidade e propaganda) é que consigo compreender.
E sinto dizer que não existe uma fórmula mágica de sucesso profissional, cuidado com quem preconiza isso! Cada um tem seu objetivo e para cada objetivo precisamos nortear os investimentos que faremos sejam eles: financeiro, de tempo, de planejamento, de capacitação, de autoconhecimento, entre outras coisas.
No entanto, olhando minha própria história e analisando outras ao meu redor, vejo alguns pontos que podem fazer diferença pra você assim como fizeram para mim.
O primeiro deles é saber o que toca o seu coração. Não há profissão ruim, há pessoas que escolhem fazer as coisas influenciadas por crenças de outros, não olhando para si. Então eu te pergunto: o que você realmente gosta de fazer? Se não sabe, invista em descobrir! E se errar tudo bem, recomece quantas vezes forem necessárias. Todos temos nossos dons, descubra o seu.
O segundo ponto, tão importante quanto o primeiro, é entender o seu valor, pois quando não sabemos isso deixamos outras pessoas colocá-lo. Isso é algo muito ligado aos nossos esquemas que são as lentes que usamos para ver o mundo, quando essa lente não está saudável não conseguimos enxergar e, consequentemente, não nos valorizamos adequadamente, assim os outros também não o farão. Nesse aspecto a psicoterapia foi fundamental.
O terceiro é investir em estudo, em prática direcionada e em capacitações que levem você para o lugar aonde deseja ir. Isso está muito interligado ao quarto fator que se chama planejamento: o que quero? Por quê quero? Como posso conseguir?
O quinto fator que se destaca, na minha concepção, é saber que muitos desafios virão e que por trás da foto produzida para as redes sociais tem a pessoa disposta também a limpar o chão, montar um móvel, organizar o financeiro, a administração, a abrir mão de muitas coisas em prol desse objetivo. Quem vê o bônus nem sempre é capaz de imaginar quanto ônus existe.
O sexto ponto é compreender que ninguém precisa passar por tudo isso sozinho e dificilmente conseguirá. Tive pessoas muito importantes que me ajudaram em cada um desses pontos, essas outras pessoas somam forças, nos impulsionam, ajudam, ensinam e você pode retribuir tudo isso que recebeu, formando um ciclo de saúde, empatia e conexão.
O sétimo que destaco aqui é a importância de ter seu próprio sonho, pois se inspirar em um sonho alheio pode levar você para muito longe do que lhe faz feliz. Busque algo que faça sentido pra você, um propósito, algo que se encaixe nas diversas áreas da sua vida, que te nutre, assim se sentirá realmente uma pessoa de sorte quando alcançar.
O oitavo relaciono com a fé, crer em você ou em algo maior, como um proposito divino, nos impulsiona, sem dúvidas.
São as pequenas atitudes à frente desses pontos (e suas respectivas respostas) que nos levam para um caminho de “sorte” ou de “falta dela”.
Como diz um sábio ditado popular: “Deus ajuda quem cedo madruga”, ou seja, uma benção precisa ser reconhecida e acolhida, um dom precisa ser usado, um propósito precisa ser compreendido e sem o nosso investimento é impossível florescer.
Hoje, posso dizer que após longos anos de investimento me considero uma pessoa de sorte.
Meus objetivos na psicologia clínica e como empresária foram alcançados em menos de um ano de atuação profissional, fruto de muito trabalho que abriu portas fundamentais no processo.
Tenha coragem e seja empático e lembre que essa não é uma fórmula e sim apenas parte de um caminho que pode te ajudar a ter a tão sonhada sorte profissional.
–
Estou no Instagram: @vinculos.psi