Para colaborar com o texto de hoje convidei a nutricionista Paula Guimarães: CRN6-7542, graduada pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL).
A conexão que as pessoas têm entre comida, emoções e comportamentos é de forma geral muito forte e complexa. Podemos perceber isso quando observamos que preparar comida para alguém é uma forma de demonstrar amor e receber comida nos faz sentir amados.
Além disso, a comida está relacionada a celebrações, como aniversários, festas juninas, Natal e Ano Novo. Deixar de comer nossos alimentos preferidos causa a sensação de privação.
Além da comida ter como objetivo atender às necessidades fisiológicas do nosso corpo, ela muitas vezes é utilizada para reduzir ou acabar com emoções negativas e prolongar as positivas.
O estado emocional influencia o desejo de comer de diferentes formas: alguns comem menos, outros sentem um desejo exagerado de comer, estando felizes ou triste. Porém, quando a comida é utilizada na tentativa de lidar com problemas com as quais ela não tem nada a ver, dá-se o nome de comer emocional.
O comer emocional é usado na tentativa de regular emoções. Come-se quando teve um dia difícil, quando se está muito cansada, na tentativa de reduzir medo e ansiedade. Quem aprende a comer por estas razões sente uma motivação para comer nestas situações, independente de ter fome ou não.
Algumas pessoas não conseguem diferenciar a sensação de fome de outras sensações corporais e aprender a reconhecê-las já é um passo importante para a mudança de comportamento. É necessário e saudável aprender maneiras de lidar com as emoções sem usar a comida. A comida, apesar de trazer certo alívio momentâneo, não conserta nem resolve esses sentimentos, podendo apenas distrair, mudar o foco e ao final até piorar o problema.
Ao perceber-se buscando comer sem fome, pode-se perguntar “o que eu estou sentindo?” e após obter a resposta, tente perguntar-se novamente: “o que eu posso fazer para lidar com isso sem usar a comida?”. Visto que as questões ligadas ao comer emocional são complexas, ao perceber-se nesta situação, busque ajuda profissional.
Quem é a nutricionista Paula Guimarães?
Graduação em Nutrição pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL) – 2010; Residência Multiprofissional em Saúde do Adulto e do Idoso no Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe (HU/UFS) – 2013; Especialização Lato Sensu em Nutrição Clínica e Esportiva pelo Instituto de Pesquisa e Gestão em Saúde (IPGS) do Rio Grande do Sul (RS) – 2016; Programa de 12 semanas de Mindful Eating (comer com atenção plena) para prática pessoal com João Motarelli e Paula Teixeira – 2018; Pós-graduação Lato Sensu em Comportamento Alimentar pelo Instituto de Pesquisa e Gestão em Saúde (IPGS) do Rio Grande do Sul (RS) – 2021; Formação em Nutrição Comportamental pelo Instituto de Nutrição Comportamental (em curso).
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