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Entendendo o Transtorno Disfórico Pré-Menstrual: sintomas e impactos emocionais

Você sabe o que é o Transtorno Disfórico Pré-Menstrual? Vamos discuti-lo hoje. Convidei a psicóloga Huíla Clapp, que possui certificação em Psicopatologia pela Fernanda Landeiro (em andamento), é pós-graduada em Tanatologia pela Unyleya e é terapeuta do Esquema-INSERE, para abordar esse tema.

Se sentir repentinamente triste, chorosa, com uma sensibilidade aumentada à rejeição; com raiva ou irritabilidade acentuadas, aumento nos conflitos interpessoais, interesse diminuído nas atividades habituais, sentimentos de desesperança ou pensamentos autodepreciativos, sentimento subjetivo de dificuldade em se concentrar, sentimentos de estar nervosa ou no limite, falta de energia acentuada, alteração acentuada do apetite, sensação de inchaço ou ganho de peso, aumento ou diminuição do sono.

Caso as alterações anteriormente mencionadas causem sofrimento e interfiram no seu trabalho, escola, atividades sociais habituais, nas relações com outras pessoas; elas podem indicar que talvez você tenha TDPM.

O TDPM não é simplesmente como uma TPM e, assim como todo e qualquer transtorno, ele precisa de frequência, intensidade e sofrimento clinicamente significativo.

As alterações comuns ao transtorno são: sintomas de humor deprimido, irritabilidade, sintomas cognitivos como dificuldade de concentração, esquecimento; e sintomas somáticos: letargia, dores nas articulações.

Esses sintomas precisam ocorrer repetidamente na fase pré-menstrual e se atenuar alguns dias ou se tornar mínimos ou inexistentes por volta do início da menstruação. Tais sintomas devem ter ocorrido na maioria dos ciclos menstruais pelo menos no último ano e apresentarem-se de forma tão severa ao ponto de acarretarem prejuízos claros e graves na semana anterior à menstruação, nas seguintes áreas: pessoal, profissional, familiar, ocupacional, entre outras.

As características essenciais do transtorno são:

  • Expressão de labilidade de humor, ou seja, mudanças repentinas no humor;
  • Irritabilidade;
  • Disforia;
  • Ansiedade;

Esses sintomas devem ser acompanhados de sintomas comportamentais e físicos que alcançarão seu auge no período próximo ao início da menstruação.

As consequências funcionais do TDPM incluem: prejuízo no funcionamento social que podem se manifestar com discordâncias no relacionamento com familiares que ocorrem apenas no período menstrual, prejuízos na vida profissional e qualidade de vida relacionada à saúde.

Para uma boa avaliação, a mulher necessita ser acompanhada por pelo menos dois ciclos. O TDPM, como todo e qualquer transtorno, acarreta prejuízos na vida da mulher, porém, necessita de acompanhamento profissional especializado.

O tratamento basicamente consiste no controle dos sintomas e, em casos mais graves, antidepressivos podem ser prescritos, podendo aliviar de forma significativa os sintomas. Aliada ao tratamento medicamentoso, a psicoterapia ajuda na melhora da qualidade de vida, construindo, junto com o psicólogo e paciente, novos recursos para lidar com os desafios do transtorno.

Lembre-se de que você não precisa passar por isso sozinho. Busque ajuda profissional qualificada. O objetivo desta matéria é convidar você a conhecer esse transtorno, porém, é importante salientar que o conteúdo aqui apresentado não substitui uma avaliação com um psiquiatra ou psicólogo.

Fonte: DSM 5-TR.

Estou no Instagram: @vinculos.psi
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Natasha Taques

Psicóloga clínica (CRP-15/6536), formada em Terapia do Esquema pelo Instituto de Educação e Reabilitação Emocional (INSERE), Formação em Terapia do Esquema para casal pelo Instituto de Teoria e Pesquisa em Psicoterapia Cognitivo-Comportamental (ITPC).