Foto: Polícia Civil
Em Maceió, 15 pessoas foram presas por lesão corporal, estupro, ameaça e descumprimento a Medidas Protetivas de Urgência durante uma megaoperação de enfrentamento à violência contra a mulher realizada pela Polícia Civil nesta sexta-feira (1).
Ao Eufêmea, a delegada Ana Luiza Nogueira, coordenadora das Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher (DEAMs), explica que as equipes permanecem em diligência no Sertão alagoano e no Agreste, cumprindo mandados de prisão relacionados a crimes recentes de violência contra a mulher.
“É uma operação extremamente exitosa! Até o momento já temos 15 pessoas presas, todas aqui em Maceió. Há ainda diversas equipes cumprindo outros mandados de prisão em todo o estado. Esses 15 agressores são de crimes recentes de violência física, lesão corporal e alguns de violência sexual”, explica a delegada.
Entre os casos de destaque, Ana Luiza Nogueira mencionou a prisão de um estuprador que marcava encontros por meio de redes sociais, levando as vítimas para a região denominada Catole, na parte alta de Maceió, onde cometia estupros e usava violência física.
“É uma prisão importante porque com a prisão dele esperamos que salve a integridade física de mulheres e que outras mulheres que foram vítimas dele procure a Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Mulher para denunciar”, afirma a delegada.
A ação policial tem participação de mais de 100 policiais mulheres, dentre delegadas, agentes de polícia e escrivães. “Isso é crucial, pois além de fortalecer o enfrentamento à violência contra a mulher, também busca estimular a presença feminina em espaços de poder e coordenação dentro da atividade policial”, ressaltou a delegada.
Ana Luiza Nogueira destacou ainda a importância da operação, que se repete este ano no mês de março, simbolizando o mês internacional da mulher. De acordo com ela, a megaoperação, que teve início no ano anterior, demonstra o compromisso da Polícia Civil em combater a violência de gênero.
“O objetivo é extinguir a carga de preconceito que persiste no imaginário popular. Esta é a primeira fase da operação deste mês, mas ao longo de março teremos diversas outras fases, visando abranger crimes de maior incidência, como lesão corporal, estupro, ameaça e desrespeito a medidas de urgência”, concluiu Ana Luiza Nogueira.