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A Secretaria de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos (Semudh) realizou, na quarta-feira (23), em parceria com o Instituto GENi, a Oficina de Construção e Validação de Indicadores de Monitoramento do Plano de Política para Mulheres (PPM). Após finalizado, o documento irá guiar a gestão estadual nos próximos anos em questões relacionadas à pauta da mulher.
Ministrada pela coordenadora de Projetos do Instituto GENi, Amanda Pimentel, e pela associada de Pesquisa e Treinamento do J-PAL Lac, Junia Neves Barbosa, o encontro teve como objetivo preparar e compreender a equipe técnica da Semudh responsável pelo monitoramento do Plano, orientando sobre como as ações previstas podem ser monitoradas, além de analisar as articulações políticas necessárias.
De acordo com a secretária de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos, Maria Silva, o PPM foi elaborado de forma colaborativa. “Esse documento foi construído após ouvirmos mulheres em diferentes realidades, que sabem de suas necessidades e que nos passaram as suas demandas. É um instrumento importantíssimo que irá contribuir para a construção de políticas públicas efetivas em Alagoas”, explicou.
Durante o encontro, a secretária executiva Dilma Pinheiro se mostrou confiante sobre o processo de finalização de construção do documento. “Esse Plano vai nos ajudar a medir os anseios das mulheres com as ferramentas necessárias junto ao Governo do Estado”, comemorou.
Na programação da manhã, foi realizada uma retrospectiva de construção do PPM, etapa que contou com análise documental, escuta de povos tradicionais e oficinas. Logo após, foi feita a revisão de construção de indicadores e a apresentação geral sobre as ações do Plano. Já no período da tarde, foi realizada a discussão sobre a viabilidade das ações, objetivos e órgãos envolvidos no PPM e apresentada a proposta de monitoramento dos indicadores.
Como parte prática da oficina, foram divididos grupos de trabalho para a discussão e construção dos indicadores a partir de perguntas orientadoras. Para a diretora de Pesquisa e Desenvolvimento do Instituto GENi, Carla Rosário, o Plano de Políticas para Mulheres busca garantir que as políticas públicas reflitam as necessidades das mulheres em diversos contextos.
“A gente não tem dúvidas da representatividade desse Plano, seja em raça, classe ou etnia. O processo de escuta sempre esteve presente na construção do PPM para garantir a inclusão, a legitimidade e a validação de demandas de uma construção que foi colaborativa”, disse.
Evento gerou documento para guiar políticas
O Plano de Políticas para Mulheres irá guiar a gestão estadual durante os próximos anos, orientando o diálogo e articulação com outras pastas do Governo do Estado que contribuem com a construção de políticas públicas para as mulheres.
O PPM conta com 216 propostas e ações divididas em 6 eixos: Sistema político com participação das mulheres e fortalecimento dos conselhos de defesa dos direitos das mulheres; Estruturas institucionais e políticas para as mulheres no âmbito municipal e estadual; Promoção da saúde, direitos sexuais e direitos reprodutivos; Sistema de justiça e enfrentamento às diversas expressões de violência contra as mulheres; Direito à terra, moradia e cidade; Cultura e comunicação; Autonomia econômica e equidade no mundo do trabalho; Educação inclusiva, democrática, não transfóbica, antirracista e pelo respeito religioso; Mulheres e meninas privadas de liberdade e egressas do sistema.
*Com Assessoria