Fotos: Crédito: Pei Fon / Agência Alagoas
Liderar uma secretaria de Estado significa mobilizar servidores para prestar serviços de excelência à população alagoana. Essa é a visão de Arabella Mendonça, Secretária de Estado da Cidadania e da Pessoa com Deficiência (Secdef). Mulher negra e natural de Palmeira dos Índios, Arabella possui uma trajetória de 23 anos no serviço público, com atuação destacada nas áreas de direitos humanos e assistência social.
“Ser gestora é realizar a gestão pública com responsabilidade, sem abrir mão dos princípios éticos que norteiam minha profissão, e ampliar o olhar sobre os 102 municípios, buscando interiorizar as políticas e ações do governo do Estado e considerar as especificidades de cada região”, afirma a secretária ao Eufêmea.
Quem é Arabella Mendonça?
Aos 45 anos, Arabella Mendonça, atua como secretária de Estado da Cidadania e da Pessoa com Deficiência (Secdef). Formada em Serviço Social pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e pós- graduada em Gestão e Controle de Políticas Públicas, ela contou que a formação acadêmica e expertise técnica de atuação credenciaram seu nome para atuar na pasta.
“As experiências que me consolidaram como profissionais e os caminhos que me trouxeram até aqui me permitiram tomar uma decisão tranquila, com a certeza de que minha atuação e motivação serão sempre externas para realizar um trabalho eficaz, em consonância com as diretrizes governamentais, direções fazer mais por toda Alagoas”, afirma.
Ao refletir sobre seu estilo de gestão, Arabella destacou a importância de uma liderança técnica e democrática, comprometida com a execução eficaz das políticas públicas. “Essa perspectiva, que sempre carreguei ao longo dos caminhos por onde passei, me impôs desafios significativos, mas vem sendo conduzida de forma técnica, democrática e motivadora, permitindo grandes realizações”, diz.
“Equalizar os limites institucionais, as inquietações dos servidores e os anseios da sociedade pode, em alguns momentos, parecer intangível. No entanto, quando administrados com perspicácia e flexibilidade, esses aspectos geram resultados e avanços significativos para todos os envolvidos”, acrescenta a secretária.
Combater preconceitos
Entre os maiores desafios da Secdef, Arabella destacou a necessidade de combater preconceitos enraizados, como o capacitismo, o etarismo e a violência contra populações vulneráveis, especialmente crianças, adolescentes e idosos.
“Sensibilizar a sociedade e os gestores sobre seus deveres é tão desafiador quanto atuar na defesa e garantia dos direitos da população, pois a construção de uma sociedade mais justa e igualitária é responsabilidade de todos, e não apenas do poder executivo”, explica.
Segundo ela, o diálogo direto com a sociedade é uma estratégia fundamental para fomentar novas perspectivas e promover a compreensão de que pessoas com deficiência, idosos, crianças, adolescentes e até mesmo os animais são sujeitos de direitos.
“Minha atuação e participação no controle social também é favorável para que haja um diálogo respeitoso e construtivo, mesmo diante de divergências, junto aos conselhos de direitos”, expõe.
Conquistas da Secdef
Arabella Mendonça também destacou conquistas recentes, como a emissão de carteiras de identificação para pessoas com deficiência, que incluem, de forma específica, o público autista. “Um documento oficial que identifica sua deficiência, possibilita a atenção integral de acordo com sua necessidade, a prioridade no atendimento e no acesso aos serviços públicos e privados”, explica.
Outros avanços incluem o Cartão da Pessoa Idosa, que oferece gratuidade no transporte público e reconhece o direito de mobilidade desse grupo, e o atendimento integral a crianças e adolescentes vítimas de violência, especialmente em casos de violência sexual e trabalho infantil. Em parceria com a Secretaria de Segurança Pública e a Universidade Federal de Alagoas, a Secdef também tem intensificado ações de proteção aos direitos dos animais, como o combate a maus-tratos de cães e gatos.
“A perspectiva é de que nossas políticas se firmem e sejam ainda mais ampliadas aos municípios mais longínquos, de forma a atender às demandas da população alagoana, que mais demanda de nossos serviços”, afirma.
Como mensagem à sociedade, Arabella reforçou a importância do respeito às diversidades. “O mundo só pode ser melhor se eu fizer a minha parte. Então, observar e mudar minhas posturas e falas preconceituosas, capacitistas e etaristas, é o início da mudança social que eu almejo. Respeitar as diversidades e particularidades de cada ser vivente, nos proporciona uma convivência harmônica e civilizada”, conclui.