O médico ginecologista suspeito de cometer abusos sexuais contra pacientes durante atendimentos em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) no bairro Jacintinho, em Maceió, teve o registro profissional suspenso. A informação foi confirmada pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de Alagoas (Cremal) ao Eufêmea.
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“Junto ao Conselho, foi aberta uma sindicância para investigar a situação e detectar possíveis falhas éticas no exercício da profissão. Também vamos colaborar com as investigações no âmbito criminal”, informou a assessoria do Cremal.
De acordo com as denúncias, o médico teria praticado atos configurados nos artigos 215 (violação sexual mediante fraude) e 215-A (importunação sexual) do Código Penal. A suspensão do registro profissional faz parte das medidas cautelares determinadas pelo juiz Josemir Pereira de Souza, da 4ª Vara Criminal. O magistrado também ordenou a suspensão do exercício da função pública e a proibição de aproximação e contato com as vítimas e testemunhas.
As determinações já foram comunicadas aos órgãos competentes, incluindo a Secretaria Municipal de Saúde de Maceió, o Cremal e o Conselho Federal de Medicina, para garantir a execução das medidas. A denúncia tramita sob segredo de justiça para resguardar as partes envolvidas.
Relembre o caso
Os episódios ocorreram durante atendimentos realizados na UBS Felício Napoleão, no bairro Jacintinho, entre 2022 e 2023. Duas pacientes relataram terem sido vítimas de atos libidinosos incompatíveis com a conduta esperada de um médico, o que motivou investigações administrativas e, posteriormente, a abertura de um inquérito policial.
Outras vítimas teriam relatado situações semelhantes, mas decidiram não formalizar as denúncias. Em ambos os casos apurados, o médico teria se aproveitado da relação de confiança estabelecida com as pacientes para praticar os abusos.