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“Eu amo a sensação de concluir os treinos de corrida. A endorfina me dá energia para começar o dia bem, especialmente quando completo distâncias maiores ou melhoro meu tempo, batendo meus recordes”, afirma a assessora Nathalia Louise, de 23 anos, que pratica corrida há cinco anos. Mais do que um exercício físico, a corrida transformou sua vida, trazendo benefícios para sua resistência, qualidade do sono e controle da ansiedade.
Tudo começou com os passeios diários com sua pitbull hiperativa, Nicola. Para gastar a energia da cachorra e otimizar o tempo, Nathalia incluiu pequenas corridas nos passeios. “Hoje, corremos sincronizadas, e as pessoas acham isso muito bonitinho”, conta ao Eufêmea.
Durante a pandemia, a corrida se tornou ainda mais significativa. Em um momento de isolamento e incertezas, Nathalia encontrou no esporte um alívio para a ansiedade. Com mais tempo disponível, ela aumentou as distâncias percorridas, chegando a correr e caminhar 6 km. “Aliviava minha ansiedade e deixava Niloca cansada. Foi uma troca incrível naquele momento tão difícil”, relembra.
Neste ano, Nathalia decidiu elevar sua prática de corrida a outro nível, estabelecendo como meta completar 5 km sem pausas. Com o apoio de uma assessoria de corrida, ela superou suas expectativas. Atualmente, treina quatro vezes por semana, ajustando a planilha de treinos à rotina profissional. “Já consegui não só fazer 5 km sem parar, mas também 6 km. E nesta semana vou enfrentar meus primeiros 7 km sem interrupções”, comemora.
Trabalhando com comunicação, Nathalia descreve sua rotina como “caótica”. Ainda assim, reconhece a importância da organização para conciliar os treinos com as demandas do dia a dia. “Se estou fora de Maceió, sempre procuro locais seguros para correr. O treino acontece, seja de manhã ou à noite”, destaca.
A segurança também é uma prioridade. “Quando não estou na minha cidade, pergunto aos moradores sobre os melhores lugares para correr e faço uma pesquisa detalhada para garantir que o local seja seguro”, explica.
“Nem sempre tenho vontade de treinar, mas a disciplina é o que me faz levantar. Faço isso pela ‘Nathalia do futuro’, que merece um dia mais leve, com os hormônios da felicidade em alta e qualidade de vida na velhice”, reforça.
“Queria me desafiar”
Assim como Nathalia, a corrida também foi uma fonte de transformação para Letícia Gabriela, de 26 anos, que encontrou no esporte uma forma de desafiar a si mesma, cuidar do corpo e, sobretudo, da mente. Sua jornada começou em 2021, durante a flexibilização das restrições da pandemia, e o que inicialmente era um teste de resistência rapidamente se transformou em um estilo de vida.
“Comecei porque sempre achei a corrida um esporte incrível, mas eu não conseguia correr nem um minuto. Queria me desafiar e melhorar nisso”, relata a desenvolvedora de software.
Embora tenha pausado a prática algumas vezes, Letícia decidiu levar a corrida a sério neste ano. Motivada a mudar seu estilo de vida, ela encontrou na atividade física uma aliada que depende apenas dela mesma. “Eu precisava de uma mudança e sabia que a corrida era algo que eu gostava e que não precisava de nada além de mim para fazer”, explica.
Mais do que um exercício físico, a corrida se tornou um momento de introspecção e reflexão para Letícia Gabriela. “Às vezes, nas redes sociais, me comparo com pessoas mais magras e rápidas, mas tento focar em me comparar comigo mesma. Em cinco meses, passei de não conseguir correr nem um minuto para me inscrever em uma prova de 10 km. Sinto muito orgulho do que consegui”, celebra.
Essa jornada também transformou a forma como Letícia enxerga seu corpo e suas capacidades. “É incrível perceber o quanto meu corpo evoluiu nesse período”, reflete.
Corrida e saúde mental
Para a publicitária Maria Victoria, de 23 anos, a corrida se transformou em uma poderosa aliada para aliviar a mente e desenvolver a resiliência. Inicialmente despretensiosa, sua relação com a corrida começou como uma atividade de fim de semana, mas ganhou seriedade em setembro deste ano, quando ela decidiu se dedicar com o apoio de uma assessoria profissional.
“Este ano comecei a correr de verdade, com orientação profissional. Já estava tentando encontrar um esporte que combinasse comigo, porque nunca conseguia manter constância em atividades cardiovasculares”, explica.
Mais do que um exercício físico, a corrida trouxe benefícios que vão além do corpo. “O que eu mais gosto é a sensação de resiliência, de saber que você é capaz. Além disso, ajuda muito a limpar a mente. Durante a corrida, fico 100% no momento presente, o que alivia a ansiedade e outras questões”, compartilha.
Hoje, a corrida é parte essencial da rotina de Victoria. “Treino de três a quatro vezes por semana, religiosamente. Prefiro correr de manhã cedo, mas, por causa do calor, também corro à noite. Geralmente, meus treinos duram entre 40 minutos e uma hora”, relata.
Victoria também compartilha que enfrentou desafios no início de sua jornada, especialmente devido à falta de atenção ao alongamento. “Tive muitas dores, ao ponto de ficar travada e mancando. Depois disso, passei a fazer liberação com um fisioterapeuta, algo indispensável para evitar problemas”, revela.
Além do cuidado físico, a alimentação se tornou um pilar importante em sua evolução como corredora. “A orientação do meu nutricionista foi essencial. A alimentação está diretamente ligada à corrida e pode prevenir câimbras e outros desconfortos”, explica.
Para Victoria, a corrida vai além do físico; é uma ferramenta de autoconexão e fortalecimento. “Mais do que um esporte, a corrida é uma forma de me conectar comigo mesma e de provar que sou capaz. Quero continuar evoluindo e, principalmente, curtindo cada passo do caminho”, conclui.