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Secretária da Mulher é selecionada para participar de conferência promovida por Harvard e MIT, nos Estados Unidos

A secretária de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos de Alagoas (Semudh), Maria Silva, foi uma entre os quatro servidores públicos brasileiros selecionados para participar do evento Brazil Conference, promovido pela universidade Harvard e o MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts). A conferência acontecerá em Cambridge, nos Estados Unidos, entre os dias 4, 5 e 6 de abril de 2025.

Sua atuação em defesa da população quilombola, da mulher, dos povos originários e dos direitos humanos qualificaram Maria Silva a ser aprovada no Programa Servindo o Brasil. A iniciativa visa incluir nas discussões do evento servidores públicos que desempenham trabalhos expressivos para o bem-estar da população brasileira e trazem soluções para problemáticas do país.

“Estou muito feliz com esta aprovação e reconhecimento. Estar entre os quatro servidores de todo o Brasil selecionados para um evento tão importante mostra o quanto o nosso trabalho no Governo de Alagoas em defesa das mulheres, das pessoas em situação de vulnerabilidade e dos direitos humanos está sendo reconhecido a nível nacional e internacional” , declarou Maria.

O Brazil Conference at Harvard & MIT é um evento anual que reúne gestores e gestoras, líderes, estudantes, acadêmicos e vários outros profissionais para discutir os desafios e oportunidades do Brasil, com a finalidade de promover o país internacionalmente. A conferência chegará à sua 11ª edição em 2025 e terá como tema “Uma Nova Década: Encontro de Gerações de Líderes”, visando conectar lideranças do presente e do futuro para promover a transformação da realidade brasileira.

A líder da pasta da Mulher e dos Direitos Humanos será a primeira representante de Alagoas alavancada pelo Programa Servindo o Brasil a participar da conferência em Cambridge.

Reconhecimento do trabalho

Esta não é a primeira vez que iniciativas desenvolvidas por Maria Silva voltadas à temática da mulher alavancaram Alagoas a nível internacional. Em março deste ano, a convite da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, a secretária da Mulher de Alagoas integrou a comitiva brasileira que participou da 68ª edição da Comissão sobre a Situação da Mulher da ONU, a CSW 68.

Realizada na sede da Organização das Nações Unidas, em Nova York, o evento é o maior encontro anual da ONU sobre igualdade de gênero e empoderamento feminino, reunindo governos, organizações da sociedade civil, especialistas e ativistas de todo o mundo para debater políticas para a mulher.

Na oportunidade, participou de todos os dias de discussão e contribuiu para a inclusão de políticas específicas voltadas a mulheres quilombolas no relatório final da comissão.

Ela também foi agraciada com o prêmio Mulheres Brasileiras que Fazem a Diferença, honraria concedida pela Embaixada e Consulados dos Estados Unidos no Brasil e homenageia mulheres que têm atuações e trabalhos de destaque em diversas frentes em prol de suas comunidades.

Trajetória

Indígena descendente da etnia Fulni-ô, Maria Silva é natural do Paraná e se mudou para Alagoas aos dez anos de idade. Em terras alagoanas, desenvolveu uma relação de pertencimento e se afirmou como uma mulher ativista. Seu histórico de atuação gira em torno das causas sociais ligadas à lutas por direitos e defesa da população indígena, negra, quilombola, mulheres rurais, LGBTQIAPN+ e de todos os povos tradicionais.

Maria marcou um legado no Estado de Alagoas ao ser a primeira secretária de governo de descendência indígena. Em 2018, assumiu a Semudh e atualmente segue à frente. Em sua gestão, trouxe vários marcos como a instituição da Patrulha Maria da Penha 24h, o aumento de 69% de secretarias municipais e organismos de políticas para a mulher (OPMs), a construção dos Planos Estaduais de Políticas para a Mulher e para a População em Situação de Rua e a implementação da primeira Casa da Mulher Brasileira, após uma articulação com o Ministério das Mulheres e o Governo Federal e que em breve será entregue à população alagoana.

Antes da Semudh, também assumiu a secretaria da Central Única das Favelas – CUFA, e, em seguida, a superintendência regional da Fundação Palmares. Esta última experiência marcou sua vida profissional, onde promoveu a titulação de 32 quilombos e a construção de 50 moradias na comunidade Tabacaria, situada em Palmeira dos Índios. Agora, à frente da Secretaria da Mulher e dos Direitos Humanos, articulou a entrega de mais 50 casas no mesmo quilombo.

*com Assessoria