Foto: ASCOM MP/AL
Evanderson Seixas dos Santos, acusado de assassinar a ex-companheira Elizabete Nascimento de Araújo no bairro do Jacintinho, em Maceió, foi condenado nesta terça-feira (8) a 24 anos e seis meses de prisão. No entanto, o Ministério Público de Alagoas (MPAL) informou que irá ingressar, nesta quarta-feira (9), com embargos de declaração, solicitando que o juiz reveja a dosimetria da pena.
A sustentação precisa do Ministério Público de Alagoas, bem representado pelo promotor de Justiça Antônio Villas Boas, não deixou quaisquer dúvidas para o conselho de sentença da autoria, da frieza e da barbárie cometida pelo agora condenado. Porém, mesmo com todas as qualificadoras acatadas pelos jurados, há o entendimento da acusação de que a sentença deva ser revista.
“Houve a condenação, o conselho de sentença concordou com a acusação e acolheu nosso pedido, obviamente se entende que, em tese, a justiça foi feita, porém, entrarei com recurso para que o juiz possa fazer uma reavaliação dando uma nova definição de sentença”, ressalta o promotor Villas Boas.
Durante as 10 horas de júri, ao todo foram ouvidas quatro testemunhas de acusação, enquanto a defesa arrolou a mãe e a atual companheira do réu. Conforme denúncia, o MPAL sustentou que o crime foi triplamente qualificado por motivo torpe, que impossibilitou a defesa da vítima e feminicídio.
Elizabete Nascimento de Araújo foi assassinada por não atender o réu em relação a partilha dos bens e se recusar a pagar um valor por ele determinado. O crime ocorreu em pleno meio-dia, na data de 31 de dezembro de 2022, quando ela foi interceptada em via pública.
A vítima ainda tentou impedir, no entanto, na disputa pela arma se desequilibrou e caiu, momento em que o criminoso se aproveitou da condição de impotência e desvantagem dela, desferiu os disparos e fugiu.
*com Ascom MPE