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Médica veterinária alerta sobre incidência de leptospirose após alagamentos em Maceió: “evitar contato direto com lama e entulhos”

Foto: Ascom GGI-CA

Com as fortes chuvas e alagamentos que acometeram a capital, gera um alerta para o risco de aumento no número de casos de leptospirose, doença transmitida aos seres humanos pela urina e/ou sangue de animais infectados com a bactéria leptospira, principalmente transmitida pelos ratos, cães, felinos e equinos, pelo contato direto com estes animais ou fômites (objeto), ambiente e alimento contaminado.

Em Alagoas, no dia 9 de julho, um homem veio a óbito no Hospital Regional da Mata, em União dos Palmares, após contrair leptospirose enquanto tentava ajudar a população que estava sofrendo com as inundações em São José da Laje.  E atualmente há 3 mortes suspeitas da doença em todo o Estado. Desde maio, início do período chuvoso, já foram registrados em Alagoas 29 casos de leptospirose.

A equipe médica veterinária do Gabinete de Gestão Integrada de Políticas Públicas para Causa Animal (GGI-CA) fez um alerta à população sobre a leptospirose e as possíveis formas de infecção e transmissão da doença.

A médica-veterinária, Mariana Amaral, falou sobre alguns cuidados que são essenciais nesse período. “Os cuidados básicos são necessários, principalmente neste período chuvoso e em casos de alagamentos”.

“Reforçando a necessidade de que as pessoas envolvidas nos resgates de vítimas (humanas e animais) e limpeza dos locais afetados, devem usar botas e luvas, evitando o contato direto com a lama e entulhos que restaram nesses locais”, explicou. 

Como identificar a doença

A leptospirose é uma doença de caráter zoonótico, podendo acometer tanto animais quanto os seres humanos, através do contato do agente causador com a pele lesionada ou íntegra, e através da ingestão de alimentos contaminados.

Os principais sintomas nos seres humanos são: febre, dor de cabeça intensa e dor muscular. Nos animais os sintomas são: vômito, diarréia, ulcerações na cavidade oral e necrose da língua, nos casos mais avançados.

É importante observar o início dos sintomas nos animais principalmente se estes não são vacinados. Para os seres humanos não há vacina, e não há medicação profilática para a doença, a orientação é observar o  sintomatologia junto com o histórico de contato.

Essas medidas diminuem a chance de infecção por Leptospira spp, agente causador da doença. A orientação, tanto para os animais quanto humanos, que tenham contato com água ou ambiente contaminado é observar o surgimento dos sintomas.

Caso apresente algum deles, procurar atendimento médico veterinário e médico, respectivamente, o mais rápido possível, pois o prognóstico irá depender diretamente do início do tratamento.

*com Ascom GGI-Causa Animal