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Transtorno disfórico pré-menstrual pode prejudicar e incapacitar dia a dia de mulheres; ginecologista explica

Você sabe o que é o transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM)? O quadro acomete cerca de 8% das mulheres, segundo um levantamento realizado na Alemanha, e se configura como uma forma mais grave da tensão pré-menstrual (TPM), o que provoca confusão entre as pacientes. Ao Eufemea, a ginecologista Evanir Paixão, esclareceu as principais dúvidas sobre a disforia.

A médica explica que a TDPM é uma condição que surge no período pré-menstrual, em torno de 15 dias antes, com sintomas semelhantes da TPM, mas a diferença está no fato dela surgir de forma incapacitante, ou seja, dificultando a realização de tarefas do dia a dia para a mulher.

Sintomas e diagnóstico

Ela informa que dentre os principais sintomas estão mudanças de humor, irritabilidade cansaço excessivo, cólicas, dor no seios, tristeza extrema, insônia, dificuldade de concentração, ansiedade, estresse e até mesmo crises de pânico.

Com relação à possibilidade da condição ser confundida com outros quadros clínicos, a médica explica que, de fato, não existe um exame específico para confirmar o diagnóstico e, por isso, pode ser confundido com outras condições. Porém, segundo ela, “uma boa anamnese [entrevista conduzida pelo médico em consultório] ajuda muito na percepção do diagnóstico”.

Evanir afirma que para garantir um diagnóstico adequado é importante escutar os sintomas e avaliar cada caso em particular. “Seus antecedentes ginecológicos, se melhorou, quando iniciou e se desapareceu com o uso de alguns medicamentos”.

Causas e tratamentos

Dentre as possíveis causas para TDPM, a especialista destaca “gangorra emocional”, ou seja, os picos e declínios dos hormônios, que provocam variações de humor e sintomas físicos.

“Outro fator que colabora é a baixa produção de serotonina ou neurotransmissores, conhecidos como hormônio do bem-estar contribuindo assim para o aparecimento de todos os sintomas”, comenta.

Já com relação aos tratamentos disponíveis, a ginecologista diz que é possível controlar os sintomas com o uso de anticoncepcionais ou antidepressivos.

“Além disso, é importante ter um estilo de vida saudável com prática de exercícios e dieta equilibrada, não esquecendo de acompanhamento de um psicólogo”, conclui a médica.

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Maria Luiza Lúcio

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